Nas últimas semanas, temos nos voltado para os desafios humanitários, sanitários, políticos e econômicos relacionados com a pandemia do novo coronavírus.
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E falar sobre corrupção pode parecer ser menos urgente neste momento tão conturbado, no qual grande parte de nossa atenção concentra-se na discussão sobre como “achatar a curva de transmissão” do coronavírus no Brasil. Certamente muita coisa está em jogo: as consequências de um eventual colapso dos nossos serviços de saúde, o falecimento de pessoas, a falência de negócios, o desemprego e a trajetória explosiva de desequilíbrio fiscal.
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Porém, há um outro vírus importante que não pode ser subestimado: o vírus da corrupção. Ele também mata e, certamente é tão letal quanto o Covid-19, por isso, devemos gastar energia para pensar sobre como enfrentar a sua disseminação, achatando assim a sua curva de contágio. A corrupção destrói alocações eficientes dos recursos escassos da economia. Ela desvia recursos que poderiam ser alocados em atividades produtivas, entre elas as associadas aos serviços de educação, saúde e infraestrutura logística de maior qualidade e competitividade. Logo, o vírus da corrupção reduz as chances de indivíduos empreenderem e desta forma poderem viver dias melhores e mais prósperos no futuro.
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São os inúmeros os casos de corrupção que já vieram a tona no Brasil em plena pandemia, explorando as inúmeras brechas que se abriram ao decretarem estado de calamidade pública em nosso país. Isso expôe a necessidade cada vez mais urgente de termos um legislativo forte e representativo, que preocupe com o bem estar e desenvolvimento nossa população.
Com texto do site do jornal Estadão