Iporá vai se somar a tantos municípios brasileiros que no Dia da Pátria terá manifestação pró-Bolsonaro. Carros de som na rua e inserções em redes sociais mobilizam. Muitos destes convites não citam o nome de Bolsonaro, enfatizando para que o ato pareça ser pela pátria.
A manifestação na terça-feira, feriado nacional, será a partir das 9 da manhã, com saída do Lago Pôr-do-Sol, com motos, carros e outros meios de transporte. Alguns da região vão viajar para atos em cidades maiores. Nesta região de Iporá, um dos que mais mobilizam pelo ato a favor do presidente Jair Bolsonaro é o militar de reserva Coronel Almeida. Em redes sociais, ele postou o seguinte:
Insatisfeitos com as decisões do STF – Supremo Tribunal Federal e com a maioria do Congresso Nacional, os brasileiros estarão nas ruas na data que representa a Independência do Brasil, para manifestar e cobrar ações em defesa da família e da liberdade de expressão.
Está previsto uma grande mobilização a nível nacional de moto-carreata em todas as capitais e, um grande acampamento em Brasília.
Vários movimentos se mobilizam em Goiás para realizar ações de Moto-Carreata em Goiânia, Iporá, São Luís dos Monte Belos, Britânia, Porangatu, Palminópolis, dentre outras, no intuito de demonstrar a insatisfação com os poderes Legislativo (Congresso Nacional) e Judiciário (STF).
Ações de governos vizinhos alertam para o perigo da implantação do regime socialista-comunista no Brasil que promovem a censura da imprensa e a liberdade de expressão do povo, como Cuba, Venezuela e outros.
Os principais movimentos que participam desta mobilização, destacamos o MOP – Movimento Ordem e Progresso, BR Verde e Amarelo, Marcha da Família, Brasil Direta Goiás, Frente Conservadora, Direta Brasil, Acelera Brasil, Brasil Conservador (B-38).
Várias campanhas estão sendo feitas junto ao agronegócio, empresários, policiais e bombeiros em geral para custear as despesas de ônibus para Brasília.
Manifestações pelo Brasil afora
Deverá haver manifestações a favor do presidente nas grandes cidades brasileiras. O chefe do Executivo tem apostado no 7 de setembro como um dia em que pretende fazer demonstração de força nas ruas.
Bolsonaro e seus interlocutores recorrem às convocações num momento de fragilidade do presidente, que tem feito investidas contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a exemplo do pedido de impeachment apresentado contra Alexandre de Moraes e rejeitado por Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Dependente cada vez mais do centrão, que amplia seus espaços no governo, Bolsonaro tenta engajar setores mais fiéis a seu projeto exatamente num dia de grande valor simbólico para esses grupos, numa ação cujo objetivo é apontar para o Judiciário e o Legislativo como principais inimigos do presidente e responsáveis por sua inação.