Transcorrido os 90 dias dentro dos quais teria que haver a investigação, oitiva de envolvidos e julgamento, a Comissão Processante que trabalhava na possibilidade de punir o prefeito Naçoitan Leite teve que encerrar seus trabalhos. É que o prazo esgotou.
Em 90 dias a Comissão Processante não conseguiu fazer tudo que precisava ser feito. Com isso, foi arquivada. Nesta segunda-feira, 26, a presidente da Comissão, vereadora Heb Keller, assinou o despacho que cuidou do encerramento dos trabalhos, sem a obtenção do objetivo traçado.
Recentemente, já no final do prazo, a presidente da Comissão reclamou sobre o andamento dos trabalhos, afirmando que tinha quem queria que tudo fosse avante e tinha quem atuava contra. Citou o vereador Roni Costa, sorteado como relator, como aquele que fez o que pode para atrapalhar e inviabilizar os trabalhos.
Essa Comissão foi instalada a pedido do vereador Moisés Magalhães, aprovada em plenário pela unanimidade dos votos dos vereadores, mas a partir de então, nem todos empenharam pela continuidade dos trabalhos. Várias supostas irregularidades na gestão de Naçoitan Leite foram apontadas e que teriam que ser investigadas e julgadas.
Uma das alegações para o arquivamento com esgotamento de prazo foi de que a defesa do acusado fez manobras para que não houvesse a oitiva, na qual ele se defenderia das acusações feitas, para um julgamento que viria, em seguida.
Desfeita esta Comissão, restam outras duas possibilidades de investigação do prefeito: uma, por vacância do cargo e outra, por improbidades administrativas encontradas na auditoria feita em contas públicas do prefeito Naçoitan Leite. Estes dois assuntos devem aparecer em pauta dos vereadores nas sessões de março.