O Ministério da Saúde pagou nesta semana R$ 16,5 milhões em emendas parlamentares individuais e de bancada indicadas pelo deputado federal Glaustin da Fokus (PSC-GO) a 44 municípios goianos. Na visão do congressista, as transferências de recursos ajudam a preparar as prefeituras para enfrentar uma provável nova onda de covid-19, diante da alta taxa de transmissibilidade da variante ômicron, identificada na África do Sul.
“Acompanhamos com apreensão como essa nova variante do coronavírus tem se espalhado pelo planeta e infelizmente, mais cedo ou mais tarde, isso deve chegar ao Brasil”, diz Glaustin. “Esperamos que o nosso País seja capaz de conter a transmissão quando os primeiros casos de ômicron aparecerem por aqui. Esses recursos vêm em boa hora, portanto, porque nada melhor do que equipar os municípios para vencer mais essa batalha contra o vírus.”
Os R$ 16,5 milhões indicados por Glaustin beneficiam 44 municípios do estado entre eles 6 são da região oeste: Americano do Brasil, Anicuns, Cachoeira de Goiás, Israelândia, Palestina de Goiás, e São Luís de Montes Belos. Classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “de risco muito elevado”, a variante tende a ser mais transmissível – porém menos letal, segundo especialistas. A preocupação se deve ao alto número de mutações, 50, das quais 30 ocorrem na proteína spike, considerada a chave usada pelo vírus para entrar nas células e tida como alvo da maioria das vacinas contra a covid-19. Essa característica pode reduzir a eficácia dos imunizantes atuais.
Até segunda-feira (29), 62,5% da população brasileira havia completado seu primeiro ciclo vacinal. O número representa mais de 133 milhões de pessoas. Em Goiás, 5,2 milhões (72,1%) haviam tomado a primeira dose e 4 milhões (55,8%) estavam completamente imunizados, com duas doses ou dose única.
Desde o início da pandemia, o Ministério da Saúde apoia estados e municípios na compra e entrega de equipamentos, habilitação de leitos de UTI e envio de recursos para enfrentar o coronavírus. As emendas parlamentares podem se destinar ao financiamento de ações e serviços de saúde, tanto da atenção primária e procedimentos diretamente associados quanto das necessidades decorrentes da atenção especializada para tratamento da covid-19 – incluindo aquisição de medicamentos, insumos, equipamentos e contratação de serviços em situação de emergência. Essas transferências também podem ser usadas para custear despesas operacionais decorrentes do plano de vacinação.