Deusdete Pereira da Silva (Dete) não é mais presidente da Câmara Municipal de Israelândia. Ele foi afastado do cargo em sessão extraordinária na noite desta sexta-feira, 13, quando houve uma convocação assinada por seis vereadores e que visava destituí-lo do cargo.
Na sessão realizada, após direito de defesa dado ao acusado, ele teve 6 votos contra si, duas abstenções e somente o voto dele, em seu favor.
A Câmara Municipal de Israelândia baseou-se em seu regimento para a atitude de destituição, a qual teve como causa o fato ocorrido em 18 de dezembro passado, quando o Dete teria supostamente chegado atrasado ao trabalho, alcoolizado e feito sérias agressões a funcionários da saúde. O fato foi noticiado no Oeste Goiano. CLIQUE AQUI E LEIA.
Segundo vereadores com quem a reportagem conversou, diante da comunidade israelandense o fato se tornou insustentável, com moradores cobrando dos vereadores que algo tinha que ser feito, não podendo a cidade ter alguém com esse perfil na condição de presidente do Poder Legislativo. Dete tinha sido presidente da Câmara no período 2021/2022 e, fora reeleito para o biênio seguinte.
O vereador Dete, com quem a reportagem conversou na época do fato, disse que não é dessa dimensão o que aconteceu na noite do dia 18 de dezembro. Afirma que foi data quando teve problemas pessoais, chegou, de fato, atrasado ao trabalho, mas não estava alcoolizado e nem agrediu colegas. É que além de vereador, Dete é funcionário da saúde pública, como vigilante em um posto de atendimento.
O que aconteceu nesta sexta, 13, foi uma sessão com convocação extraordinária, para que nos termos do Regimento Interno da Câmara Municipal de Israelândia, em seu artigo 94, parágrafo primeiro, que trata de atos indecorosos, fosse possível punir o colega vereador, destituindo-o do cargo, o que foi feito. Agora, nos próximos dias, será feita uma eleição para eleger um novo presidente da Câmara de Israelândia.
Na sessão foi feita a leitura da representação, encaminhamento e recepção da mesma por parte da Mesa Diretora ainda em exercício, escolha de membros de Comissão de Ética e Decoro, andamento do processo ético-disciplinar, apreciação em votação para destituição do cargo, o que foi feito após o direito de defesa do acusado. Já tinha sido antes aberto prazo para o vereador se defender.
Sobre o fato ocorrido em 18 de dezembro, o vereador e presidente Dete manifestou na imprensa. VEJA AQUI SUA VERSÃO.
