Quem era do MDB foi parar no Democratas, antes adversário da sigla. E quem nunca esteve no MDB agora pode se agrupar nesta sigla para enfrentar quem lá esteve. Em Diorama os líderes políticos mudam de lado.
Em ano quando o povo precisa ficar muito mais preocupado com saúde pública do que em se ocupar de eleições, os líderes partidários de Diorama também se movimentam, até porque o calendário eleitoral não foi alterado. E está marcada para 4 de outubro uma eleição que é para escolher aquele que vai administrar Diorama a partir do dia primeiro de janeiro de 2021, com mandato extensivo até 31 de dezembro de 2024.
Quando se fala em eleição a primeira atenção é sobre quem está atualmente no poder, principalmente quando este gestor ainda é de primeiro mandado e tem o direito de buscar sua reeleição. É o caso de Diorama, onde Valéria Ferreira é a prefeita.
Ela já avisou aqui no Oeste Goiano que não quer disputar reeleição. Perguntada sobre as razões, ela não explica. A prefeita, nesses três anos e dois meses de mandato, tem o que mostrar. Cumpriu seu papel. Mas não quer mesmo a reeleição. Mas isso pode mudar, já que político nem sempre tem gestão sobre si próprio. E a política é feita por grupo. E o grupo exige candidatura. No caso do grupo dela, faz pedido veemente.
Valéria parece ter suas razões pessoais para não disputar. Sua vida política não foi fácil. Venceu uma eleição em um partido, o PT, que não lhe deu pleno apoio quando da campanha. Líderes desse partido a nível de estado não estiveram com ela. Eleita, saiu do partido. Foi para o PDT, mas também não teve neste partido o apoio que precisava.
Agora é chamada para o MDB, sigla que foi esvaziada com uma debandada em massa para o Democratas. Tudo indica que irá se filiar. Mas filiar é uma coisa. Querer disputar é outro assunto. Ela vai precisar ser convencida pelos membros de seu grupo político. E o convite que o MDB fez é extensivo ao grupo político da prefeita, composto de algumas siglas e muitas pessoas, mas sem ter um outro nome que seja expressivo para encabeçar com competitividade uma disputa. Esse prazo para filiação está se esgotando.
Enquanto esse grupo de situação não tem definição, o nome do ex-prefeito Edson Ferreira, o Edinho, só fez crescer. Aflorou naturalmente entre o eleitorado. Foi prefeito pelo MDB por 8 anos (dois mandatos), com boa avaliação. E é sempre assim: prefeito de muitas realizações, presente entre o povo e sem nenhum problema na Justiça, aflora, consolida-se com força.
Esse é um líder político que mudou de lado. Depois de muitos anos na prática emedebista, quando da véspera das últimas eleições, achou que o nome de Ronaldo Caiado estava mais preparado do que o jovem Daniel Vilela para governar o Estado. Apoiou e venceu com Caiado, juntamente com a grande maioria dos emedebistas. Agora recentemente, filiou no Democratas (DEM). E não foi sozinho. Esvaziou o MDB, deixando a lacuna para onde o grupo da prefeita poderá ir.
Edinho disse a essa reportagem que acredita que Ronaldo Caiado fará boa gestão, com resultados a partir de quando resolver os problemas urgentes do Estado. O apoio de Caiado soma a favor de Edinho.
Altamiro José de Lima, outro ex-prefeito pelo MDB também acompanhou Edinho. O nome dele é lembrado também para prefeito, mas ele disse a reportagem que o nome do momento no grupo é de Edinho.
Em Diorama, um nome muito respeitado é do filho do ex-prefeito Irom Campos. Com o mesmo nome do pai, Iron Filho é aquele que representa o novo e que se quisesse se colocar como político, em razão da história da família e da credibilidade dele, seria muito competitivo. A reportagem falou com ele. Disse que não quer lidar com política. Está no MDB e tem uma opinião de que Diorama tem sido feliz com suas administrações. Não quer lidar com política porque tem uma carreira bem sucedida como engenheiro civil.
Ainda falando sobre nome novo, tem um destes em Diorama. É do produtor rural Severino Anaílson Sobrinho. Está há dois anos em Diorama. Veio do sudoeste goiano para plantar soja nas terras dioramenses. Em entrosamento com a comunidade ele ouviu muitos descontentamentos de dioramenses com as administrações da cidade nos últimos anos. Foi o que disse para a reportagem. E afirma que este mesmo povo dioramense com quem conversa o incentiva para entrar na lida pública. Ele é ligado ao presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, que é de Rio Verde. São amigos de longa data. Lissauer o encoraja e coloca para ele o PSB à disposição. O nome é novo no cenário, mas talvez novo demais, ainda sem muita intimidade com o eleitorado dioramense.
Um pré-candidato competitivo para enfrentar Edinho, que agora tem apoio do governador, pode surgir se houver uma união do grupo da prefeita em torno de nome novo e que tenha credibilidade. Como a prefeita não quer a reeleição, eles terão que buscar esse nome novo. Se encontrado esse nome novo, Edinho teria adversário competitivo.
Nessa tarefa de articulação do grupo do prefeita, quem se ocupa mais é o vereador Sebastião Ribeiro Rezende, o Tião Capivara (PSDB). Ele falou com a reportagem. Ele garante que o pré-candidato do governador terá um adversário forte. Não se sabe o nome. Mas haverá um adversário. Estão nestes dias estudando onde filiar todos do grupo. E por fim afirma que, se não tiver nenhum outro nome, ele próprio aceita ir ao embate, se for indicado pelo grupo. Tião Capivara tem 57 anos e vários mandatos de vereador. Até já disputou eleição de prefeito. Conhece a política de Diorama com profundidade. Ele poderá fazer a mágica de encontrar um candidato forte para o enfrentamento ao pré-candidato que tem apoio de Ronaldo Caiado.
Nomes da política de Diorama: Edinho, Valéria e Severino