Sem recursos próprios e com pouca verba vinda do Ministério da Saúde, o prefeito de Iporá, Naçoitan Leite (PSDB), perdeu as esperanças de ter a continuidade no atendimento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Iporá. Agora a decisão parece ser definitiva. Marcou para a quarta-feira próxima, dia 10 de abril, como o último dia de funcionamento da UPA.
Quem fez o anúncio da decisão foi o secretário municipal de saúde, Denis Baliza, que mostrou o documento do último repasse de Brasília, com valor diminuto para se pagar os profissionais. O repasse mensal prometido ficou em menos de 100 mil reais. Mas não veio em mês nenhum. Levando em conta um atendimento que é regional, numa área de 16 municípios, fica impossível a manutenção da UPA.
A pactuação com municípios também não prosperou a contento. São poucos prefeitos que aparecem com ajudas e em valores aquém do necessário. Denis Baliza deu para a reportagem um exemplo de paciente de Jaupaci que tentou suicídio, e por não se achar local para encaminhamento deste para Goiânia, está por lá, com custo diário para UPA em cerca de 3 mil reais. São vários casos, todos as semanas.
A ameaça em fechar a UPA, unidade inaugurada em julho do ano passado, já perdura alguns meses. Falou-se em fechá-la em 31 de dezembro, mas depois o prefeito decidiu dar um crédito para o Governo Bolsonaro, que durante o mês de janeiro nada acrescentou de especial em recursos. Foi marcado o seu fechamento para 31 de janeiro, mas o prefeito tinha resolvido empenhar na pactuação, para que municípios da região ajudassem na mantenção, o que não aconteceu de forma significativa.
Sem UPA, o serviço de emergência volta para o Hospital Municipal de Iporá, mas o planejamento é atender somente os moradores de Iporá.