Chegou ao Ministério Público nesta sexta-feira, primeiro de agosto, denúncia de uso de medicamento vencido no Hospital Municipal de Iporá. No mesmo dia foi iniciada pela Promotoria uma investigação sobre o assunto.
Os vereadores Rodrigo Marques (PPS) e Paulo Alves foram procurados por uma usuária do hospital que não quis que fosse identificada. Ela relatou que presenciou nesta sexta-feira a aplicação em paciente de um soro que ela percebeu que a validade era “julho/2014”. Como já era agosto (1º), o medicamento estava vencido.
Informados da irregularidade os dois vereadores se dirigiram ao Hospital Municipal. Foram bem atendidos por uma profissional da área de enfermagem que admitiu que houvera o uso do medicamento com data de validade vencida. Ela ainda telefonou para secretária de saúde. Orientou que os dois vereadores conversassem com o diretor do Hospital, Celismar Domingues, a quem relataram o fato. Segundo Rodrigo Marques e Paulo Alves, o diretor ouviu atentamente o relato. Quando a ele foi solicitado que os permitissem ir à farmácia do hospital para fazer uma verificação de estoque, isto foi negado. Segundo os vereadores, o clima acabou ficando tenso. Manteve a decisão de não permitir que os vereadores conferissem o estoque.
Desapontados com a incapacidade de exercer o papel de fiscais do povo, os dois vereadores foram ao Ministério Público. Foram recebidos pelo promotor Sérgio de Souza Costa. Ao ser informado do fato, determinou de imediato que um ofical da promotoria fosse fazer a verificação no Hospital Municipal. Em seguida, os vereadores procuraram a Delegacia de Polícia para relatar sobre a forma como foram impedidos de exercer o seu papel de vereadores. Segundo os vereadores, a eles é dado o direito e o dever de ter trânsito livre nos ambientes de serviço público, a fim de fiscalizar a forma como o povo está sendo atendido. Como o diretor do hospital impediu isso caberá um registro de ocorrência policial.
A reportagem do OG tentou contactar Celismar Domingues, diretor do hospital, por meio do número de telefone celular com o qual habitualmente já falamos outras vezes com ele. No entanto, a ligação não concretizou. Fica aberto o espaço para manifestar sobre esse assunto.
Vereadores Paulo Alves e Rodrigo Marques foram impedidos de verificar estoque de medicamentos na farmácia do Hospital Municipal
