Foi publicado hoje, nesta quinta-feira, 05, no jornal Diário da Manhã, uma matéria da jornalista Karla C. Marques, no caderno Cidades onde ela divulga a falta de profissionais na área de saúde em cinqüenta municípios no estado de Goiás. Entre eles estão os municípios da região Oeste de Goiás: Amorinópolis, Buriti de Goiás, Cachoeira de Goias, Córrego do Ouro, Israelândia, Jaupaci, Matrinchã, Moiporá, Nazário, Palestina de Goiás e São João da Paraúna.
Com isso, conclui-se que está na região do Oeste Goiano quase 20% dos problemas de falta de médicos em Goiás.
Segue matéria na integra:
Leitos de hospitais cheios, falta de profissionais deficiência na estrutura física das unidades de atendimentos. Estes são fatores que agravam a situação da saúde em Goiás, inclusive na capital. Estão trabalhando 9.615 médicos (só no estado de Goiás), segundo dados do Conselho Regional de Medicina (CRM) e do Programa de Valorização da atenção básica (Provab).
Em 55 municípios goianos não há médicos residentes. A conexão existente das políticas administrativas – federal, estadual e municipal – não conseguem interagir para que haja solidificação dos projetos na área. Dois profissionais serão designados para municípios do estrado.
O estado tem hoje 6.434.048 habitantes, segundo dados do IBGE, publicados neste ano. De acordo com o Ministério da Saúde, o ideal é que haja um médico para cada mil habitantes (1/1000), logo Goiás conta com aproximadamente 1,5 para cada mil habitantes (1,5/1000). O problema não está na falta dos profissionais e sim na concentração destes nos grandes centros.
Dados do Mapa da Saúde, de julho de4 2013, informam que nos 55 municípios goianos não há médicos residentes, ou seja, nãohá médicos morando na cidade. Isso não significa que a população não fique sem atendimento. É comum um médico atender em dois até três municípios.
Essa verificação do atendimento (dias, horários, especialidades, etc.) cabe à Secretaria de Saúde dos municípios. É preciso frisar que o Mapa da Saúde não retrata a cobertura e sim a interiorização do profissional médico.
Segundo o CRM, a relutância do médico em fixar residência no interior deve-se a falta de estrutura oferecida pelos sistemas de saúde, além do fato de que a Medicina ainda é uma carreira elitizada e poucos se dispõem a enfrentar essas dificuldades.