Záida Rodrigues Cruvinel (Professora), filha de paciente do Hospital Municipal Adão Pereira, procurou a reportagem do Oeste Goiano para fazer reclamações daquela unidade de saúde pública. Ela afirma que ficou indignada com a forma como seu pai foi tratado, nos últimos dias, no Hospital Municipal.
Záida enumera uma série de reclamações. Ela começa por afirmar que o atendimento está muito ruim, com funcionários mal educados na lida com os que recorrem a aquele local. E diz que o hospital está passando por falta de utensílios. Quando seu pai, Aristóteles Rodrigues da Costa, de 87 anos, chegou para ser atendido, quis vomitar e não tinha o utensílio que se usa para isso. Teve que vomitar no cesto de lixo. Quando necessitou de uso de toalhas, estas também não haviam. Teve que usar das que levou de sua casa. Falta lençóis. A filha do paciente relata que o hospital não tem higiene nos banheiros e está com uma cozinha inadequada, da qual exala forte e desagradável cheiro para os quartos.
O senhor Aristóteles Rodrigues da Costa, deu entrada no Hospital Municipal no dia 13 de novembro. Dentre as coisas mais lamentáveis que a filha do paciente cita, é a de que o Hospital não providenciou a documentação que era necessária para o encaminhamento para o Hospital Araújo Jorge (laudo médico e imagem de ultrasom), o que gerou transtorno no atendimento na capital. O paciente chegou lá somente com um parecer médico. Acrescenta ainda que o Hospital Municipal chegou a perder documento. Na mesma ocasião o hospital negou de passar um fax para o hospital da capital, conta a denunciante. Outra lamentação é sobre um encaminhamento para se obter em Goiânia, pelo SUS, um exame de ressonância, fato que não feito. Ela conta que é comum os encaminhamentos do interior para obter exames em Goiânia. No entanto, isso não foi feito.
A filha do paciente conta que em Goiânia quem os atendeu no Hospital Araújo Jorge afirmou que são rotineiros os descuidos do Hospital de Iporá, ao encaminhar pacientes. Orientado por um parente da família residente em Jataí, ela precisou levar seu pai para aquela cidade para ser atendido em um Hospital Municipal. Segundo ela, o atendimento de lá é perfeito e tem todos os equipamentos necessários, nem se comparando com o Hospital Municipal de Iporá.
Diretor nega os fatos
Para uso do seu direito de defesa, diante dos fatos relatados pela filha do paciente, a reportagem do OG procurou o diretor do Hospital Municipal, Celismar Domingues. Ele nos recebeu em sua sala para falar do caso e para mostrar o hospital. O diretor nega tudo que a filha do paciente reclama desta unidade de saúde. Afirma que tudo que era preciso para atendimento foi providenciado, inclusive na parte de documentação que era preciso enviar a Goiânia. Sobre atendimento com palavras que possam não ser educadas, ele diz não poder falar disso, já que não presenciou. O que garante é que o hospital dispõe de tudo que é preciso para atender os que a ele recorrem. Levou a reportagem para ver os equipamentos disponíveis para atendimento.
Celismar diz que a reclamação da filha do paciente é isolada. Com outros da família foi percebida satisfação na forma do atendimento, tanto que na segunda-feira próxima, 2, está marcado um retorno do mesmo paciente ao Hospital Municipal e, a partir de então, um encaminhamento dele para atendimento em Goiânia e que foi providenciado pelo próprio Hospital Municipal de Iporá.