Esses dias em que médicos cubanos estão deixando o Brasil a incerteza na saúde pública paira em pequenas cidades brasileiras. Também na região Oeste de Goiás isso é constatado, com cidades em que os médicos cubanos até então faziam um trabalho importante na área de saúde pública.
Não está claro ainda como ficará a situação da saúde pública, na lacuna a ser deixada pelos médicos cubanos. Cidades da região em que atuaram esses profissionais são: Israelândia, Moiporá, Britânia, Caiapônia, Buriti de Goiás, Córrego do Ouro, Doverlândia, Turvânia e Bom Jardim de Goiás, com 2 médicos. As demais possuíam, cada uma, um médico.
Com as declarações do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), de discordância com a prática do Programa Mais Médicos por meio de uso dos serviços dos cubanos, o Governo daquele país decidiu retirar do Brasil os seus médicos. Isso alertou o Brasil do interior sobre uma suposta falta de atendimento, já que os médicos brasileiros concentram mais em grandes centros, enquanto pequenas cidades ficam desassistidas de profissionais da saúde.
O Governo brasileiro reagiu ao ato do Governo cubano, publicando edital para chamamento de novos médicos para o Programa. E nesta sexta-feira, 23, a presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde de Goiás (Cosems-GO), Gercilene Ferreira, disse que todas as 202 vagas para o Programa Mais Médicos no Estado foram preenchidas, com três dias de edital aberto. Mas o Ministério da Saúde ainda não deu esta informação. Ainda resta temor de que para pequenas cidades, as mais afastadas de Goiânia e de Brasília, possa não haver preenchimento das vagas de médicos.