Uma iporaense está há 3 meses sentindo muita dor em uma perna, com necessidade de urgente cirurgia, mas vem sendo enrolada durante todo este tempo e, com tanto protelamento nos procedimentos, pode chegar a perder a perna. Ela está com trombose arterial no membro inferior. Ela é a senhora Maria das Graças Santana, de 63 anos.
Depois de muita enrolação na saúde pública, a família procurou a imprensa da capital para que o assunto repercutisse a nível de Estado. Foi o jornal Anhanguera – Primeira Edição – que levou o caso a público nesta quinta-feira, 29.
Há 3 meses atrás, a senhora Maria das Graças, pessoa humilde e que não tem recursos financeiros para fazer uso de hospitais privados, começou a procurar a saúde pública. A princípio, no Posto de Saúde do bairro onde reside, em Iporá. Neste local, durante um mês ela tentou um diagnóstico para o que tinha. Em todo tempo, sentindo muitas dores na perna.
Depois, ela passou a ir na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), ainda em Iporá. Neste local, por quinze dias ela expôs o seu problema, mas sem a solução urgente que precisava. Foram feitos dezenas de atendimentos para descobrir o que ela sofria. Mas não teve solução.
Dona Maria das Graças teve que ir para Goiânia, onde gastou mais de quatro mil reais entre consultas e exames. Por fim, foi regulada para uma cirurgia que seria feita no Hugol. Mas neste estabelecimento, que é de saúde pública, constatou-se que o problema dela não seria resolvido ali. O Hugol faz cirurgia de necrose no pé. Os médicos do Hugol constataram que o caso da senhora Maria das Graças era mais grave. Não de necrose, mas de trombose arterial na perna, o que exige uma cirurgia que só é feita em três locais de Goiânia: Santa Casa, Hospital das Clínicas ou HGG.
Além desse problema, ainda foi constatado um entrave burocrático. A senhora Maria das Graças não poderia ir diretamente para uma regulação do Hugol rumo a um dos locais de cirurgia, isto porque ela é de Iporá e, neste caso, é a cidade origem que tem que fazer a regulação.
Ela voltou para sua cidade. Está internada há dez dias no Hospital Municipal de Iporá e, agora, para ter a cirurgia pelo SUS em Goiânia, precisa esperar a regulação de encaminhamento a ser feita, o que depende das vagas, dificuldade que é algo comum quando se trata de obter atendimento na saúde pública pelo SUS, na capital.
Com dores, na necessidade urgente de cirurgia, ela espera a regulação para hospital em Goiânia que faça a cirurgia. Já esteve também na Defensoria Pública, que a encaminhou para que fizesse denúncia no Ministério Público (MP), a fim de haver solicitação na Justiça, mas no MP encontrou servidores afastados por causa de Covid.
A cirurgia nas veias por trombose arterial é complexa. Tem que ser feita com urgência, caso contrário a senhora Maria das Graças terá que ter a perna amputada. Foi dessa forma que a TV Anhanguera relatou aos telespectadores, nesta quinta, o caso grave da iporaense.
(Imagens da TV Anhanguera)