Daniela Sallum, secretária municipal de saúde de Iporá, foi sabatinada na sessão de ontem, terça-feira, 16, na Câmara Municipal de Iporá. Os vereadores a questionaram sobre os diversos problemas existentes na sua área. Ela adotou a estrategia de admitir as falhas. Foi humilde nas colocações e acabou não sendo tão criticada pelos opositores.
Dela foi indagado sobre a falta de medicamento nos postos e na farmácia da Secretaria de Saúde e sobre a falta de médico nos postos e ortopedista e cardiologista no HMI. Foi indagado sobre o não funcionamento da UPA. Teve que responder sobre a reforma dos postos de saúde, paralisado à quase dois anos. À ela foi perguntado quais são as medidas preventivas no combate a dengue e porque o município não conta com médico do Programa Mais Médico. Enfim, vários questionamentos.
A reportagem do Oeste Goiano, na tarde de ontem, entre 17 e 19 horas, procurou fazer contato com todos os vereadores para ouvir deles sobre qual a impressão sobre os esclarecimentos dados pela secretária. Foram as seguintes opiniões que ouvimos de vereadores:
Adriano Coutinho (PMDB):
“Ela foi convincente. Só dela ter ido lá, foi positivo. Ela mesmo reconheceu as falhas, mas disse que corrigirá”.
Cleudes Alves (PMN):
“Foi bom ela ter ido. Não escondeu nada de nós. Respondeu todas as perguntas. Honrou o cargo ao atender a convocação. Sabemos que a saúde é um caos geral no país, estado e município”.
Duílio Siqueira (PSDB):
“A secretária foi verdadeira em suas palavras. Tem muito que ser feito, mas muito já foi executado em razão de um planejamento que existe desde o primeiro mês da gestão”.
Francisco de Paula Rodrigues – Chico Paulo (PSDB)
“A secretária foi boa, convicente, honesta, verdadeira e esclarecedora. Ela atendeu a expectativa. Conseguiu mostrar a realidade quanto a falta de medicamentos e as problemáticas de licitações. Ela retratou bem essa realidade”.
Gumercino Francisco – Fio (PPS):
“A secretária omitiu algumas coisas e assumiu outras. Do que ela podia falar, ela falou. Negou que tenha pressionado os agentes de dengue de mandá-los ir embora. Isso ela negou, mas ocorreu”.
Paulo Alves (PT):
“Respondeu indagações. Reconheceu erros. Culpou empresas que não atendem ao processo de licitação. Falou de dificuldades técnicas e operacionais. Ela deixou os vereadores satisfeitos em alguns pontos e noutros nem tanto, já que tem coisas que disse não saber e disso terá que responder por escrito. Tomaremos as providencias”.
Rodrigo Marques (PPS):
“Ela usou de sinceridade ao assumir as dificuldades da saúde. Culpou empresas que vencem licitações e não entregam os medicamentos por trazer dificuldades. Em algumas situações até pediu desculpas”.
Suélio Gomes (PR):
“Percebe-se que ela enfrenta dificuldades e admite que existe essas dificuldades. Explanou sobre toda a realidade do momento”.
Valdomiro Alves de Paula (PT):
“A secretária admitiu que a saúde está descontrolada e que tem erros. Ela não mentiu. Foi sincera. Ao contrário do Celismar, diretor do Hospital que, quando chamado, quis passar a impressão que tudo estava bem”
Wênio Pirulito (PSB)
“Foi produtiva a ida da secretária à Câmara. Sanou dúvidas. Ela disse do que está faltando e disse que está procurando soluções. Falou das dificuldades das licitações. Gostei da ida dela”.
Não foi possível o contato com três vereadores: Elione Alves (PMDB), Eder Manoel (PTB) e Aurélio Fábio (PTB). Eles não atenderam as chamadas de telefone, nem retornaram.