Acaba de ser aprovado na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás o Projeto de Lei 1.449/20, por articulação do deputado estadual Eduardo Prado, sendo que a matéria legislativa veio da governadoria. O Projeto é de criação para Iporá da Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (DEAM).
Foram 28 deputados presentes que aprovaram unanimemente a criação desta Delegacia. Delegacia da Mulher em Iporá é sonho antigo, ainda do tempo em que Claiton Giovani Colodete era Delegado Regional, a frente da 7ª. Regional de Polícia Civil, sendo que o seu sucessor no cargo, delegado Ronaldo Pinto Leite também lutou por isso, por entender que a cidade de Iporá desde muito tempo está a altura de um atendimento policial especial para mulheres vítimas.
A aprovação do Projeto incluí um serviço de psicologia para atender as mulheres. Mas a conquista de Delegacia é parte de um processo, pois ainda resta a nomeação de delegado (a) para estar a frente da mesma, bem como auxiliares. Esta será a próxima parte da luta. Por falar em nomeação de delegados, está vencendo um prazo de nomeação de mais de cem novos delegados que passaram em recente concurso público. A nomeação certamente não acontecerá agora, mas o prazo de validade do concurso deverá ser prorrogado.
Sabe-se que os atuais delegados estão sobrecarregados de atividades, atuando em amplas jurisdições. Exemplo disso são os delegados em Iporá: Ramon Queiroz e Ronaldo Pinto Leite. Cada um deles respondendo por algumas cidades da região.
Estatísticas mostram necessidade de Delegacia da Mulher em Iporá
Iporá é atualmente a sede da 7ª DRP, sendo uma das poucas sedes de Regional de Polícia que ainda não conta com esse tipo de Delegacia.
Há dois anos atrás já existiam na Delegacia de Polícia de Iporá em tramitação 523 Inquéritos Policiais, sendo destes 300 Inquéritos que apuram violência doméstica e familiar, ou seja mais da metade.
No ano de 2018 foram feitos 200 atendimentos de vítimas de Violência Doméstica e Familiar, tendo sido registrados 120 Inquéritos, além de 135 Termos de Medidas Protetivas.
Nos últimos 3 anos foram 05 casos de feminicídios, todos investigados e com autoria definida pela Polícia Civil.