Na última terça-feira (03), depois de dois anos aguardando o julgamento, o então réu não confesso Marcos Vinício B. da Fonseca, hoje com 31 anos, acusado de matar e forjar o suicídio da esposa Elislene Alves de Jesus, na época com 28 anos, foi condenado. O crime repercutiu nacionalmente em todas as mídias pela tamanha violência e causou grande revolta e comoção de familiares e população. Na época, a família da vítima chegou a fazer uma caminhada para pedir por justiça.
O acusado foi a júri popular no fórum de Montes Claros de Goiás. Depois de aproximadamente vinte e duas horas de julgamento, e colhidos os testemunhos de ambas as partes, o réu foi declarado culpado pelo júri que ali fez presente, e foi sentenciado pela Juíza de Direito Drª Mônica Miranda Gomes de Oliveira, pelo artigo 121 (Matar Alguém), § 2º III (Por emprego de asfixia) e VI (contra a mulher por razões das condições de sexo feminino na circunstância de violência doméstica e familiar), todos do código penal.
Pelas penas, o réu foi condenado a 15 anos de reclusão mais pagamento de indenização pela reparação dos danos causados pelo crime no valor de R$ 30.000,00(trinta mil reais) e as custas processual. Participaram do julgamento:
Juíza de Direito: Drª Mônica Miranda Gomes de Oliveira
Acusação: Promotor Drº Bernado Morais Cavalcante
Assistentes da acusação: Drº Ubiramar Edson Rezende Rezende, Drª Daianne Francielle Morais Basto e Drº Palmestron Francisco Cabral
Entenda o Caso:
A Polícia Civil prendeu no dia 12/04/2017, Marcos Vinício Barbosa da Fonseca de 29 anos, suspeito de forjar o suicídio da esposa, Elislene Alves de Jesus, de 28 anos, em Montes Claros de Goiás, no noroeste do Estado. O delegado responsável pelo caso, Ricardo Galvão, afirmou que o detido não admitiu ter matado a esposa.
Conforme Galvão, a mulher foi achada morta no dia 26 de março daquele ano. “Ele contou que chegou em casa e a encontrou morta com um elástico no pescoço no quintal da casa e, logo que viu, retirou esse elástico e o descartou ali mesmo. Em seguida, ele foi até a casa do pai e só depois eles procuraram a polícia”, afirmou ao portal G1.
Após uma perícia no local e exames feitos no corpo da vítima, a Polícia Civil concluiu que a mulher não se matou. Segundo o Delegado, marcas no pescoço apontaram que ela foi estrangulada e vestígios revelaram que o corpo dela foi arrastado até o quintal. Também foi encontrado um hematoma na cabeça dela, que seria de uma pancada.
“Apuramos com os vizinhos que o casal brigava muito e que, mesmo estando casados há nove anos, se separaram e voltaram várias vezes. A polícia trabalha com a hipótese de que, em uma dessas brigas ele a matou, até por que há indícios de que houve luta corporal”, disse Galvão.
Com informações do site Rio Claro News de Montes Claros de Goiás