Nestes últimos dias um elemento esteve em Iporá visitando empresários para pedir dinheiro para uma suposta publicação em revista da categoria. Uma das empresas onde tentou obter dinheiro foi no Oeste Goiano Jornalismo e Serviços.
A visita do elemento é precedida de uma ligação telefônica feita por outra pessoa, a qual sonda a possibilidade do empresário ajudar a Polícia Civil. Esse elemento que estava agindo em Iporá foi preso.
De acordo com o apurado, o autuado é motorista de aplicativo na cidade de Goiânia e a editora Anísio, que publica a revista da União Goiana dos Policiais Civil – UGOPOCI, o contratou para percorrer o interior do Estado de Goiás para solicitar e receber valores de comerciantes e fazendeiros, entre R$ 50 e R$ 300, a título de “contribuição” para a publicação da revista e para a Polícia Civil.
Segundo os elementos de informação colhidos, para receber os pagamentos, a equipe da editora realizava diversas ligações aos estabelecimentos e oferecia benefícios aos proprietários, entre eles a proteção contra roubos e fraudes, acesso privilegiado a policiais civis, adesivos para serem colocados no estabelecimento e no veículo para não serem parados em blitz, entre outros privilégios indevidos e inexistentes.
A investigação demonstrou, ainda, que os “cobradores” enganavam as vítimas alegando que atuavam em nome da Polícia Civil. De acordo com o autuado, tais práticas também ocorreram nas cidades que compõem as Delegacias Regionais de Iporá, Uruaçu, Itumbiara, Rio Verde, Jataí, Mineiros, Caldas Novas, entre outras, e que os valores eram imediatamente depositados em nome da editora da revista.
Após a captura, condução e formalização do auto de prisão em flagrante pelos crimes de estelionato, falsa identidade e tráfico de influência, o investigado foi recolhido na Unidade Prisional de Iporá e se encontra à disposição do Poder Judiciário. As investigações policiais seguem para aprofundar as responsabilidades criminais de outros envolvidos.
Participaram da ocorrência os Delegados de Polícia Igor Moreira e Eric de Meneses, a Agente de Polícia Célia Clayse e o Escrivão de Polícia Haroldo Moreira.
A Polícia Civil solicita que outros empresários e fazendeiros que tenham sido coagidos nos últimos anos a fazer “pagamentos” em troca de “segurança e privilégios” indevidos compareçam à Delegacia de Iporá para prestarem esclarecimentos.