Já foram duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) que fizeram José Elias balançar no cargo de prefeito da cidade de Aragarças. Seu afastamento ou até cassação pode acontecer. Ainda em início de mandato, ele já era investigado. As CPIs sofreram interferência da Justiça, no âmbito de Comarca, e por isso estão, temporariamente, suspensas. A qualquer dia, desimpedida da ação da Justiça, uma dessas CPIs deverá ser retomada.
José Elias está administrando a cidade pela segunda vez. Só tem o apoio de dois vereadores.
A assessoria da Câmara Municipal de Aragarças informa que são várias as denúncias que pesam sobre José Elias. São elas:
1. Fixação do valor de diárias em benefício do próprio denunciado e ainda de forma exorbitante e desproporcional.
2. Uso abusivo e ilegal das diárias de viagem.
3. Nomeação irregular de agentes públicos pelo denunciado.
4. Desatender aos pedidos de informação da Câmara Municipal.
5. Retardo ou ausência de publicação das leis.
6. Infração de prática de atos contra expressa disposição legal: 6.1 falta de gerenciamento adequado dos resíduos hospitalares: “Lixão” com restos humanos. 6.2 – exploração do estacionamento na praia fluvial do Rio Araguaia sem autorização legal.
7. Fortes indícios de corrupção na exploração do estacionamento da praia fluvial do Rio Araguaia.
“Gestão não cumpre compromissos de campanha”, afirma vereador
Dulcindo Figueredo dos Santos, o Duda, vereador em Aragarças pelo PDT, no cumprimento do seu papel de fiscal do povo, mostra que a atual administração de Aragarças deixa muito a desejar. Ele nos envia o seguinte texto:
Desde 2010, os candidatos aos cargos executivos – ou seja, prefeito, governador e presidente – devem registrar, junto à Justiça Eleitoral, e juntamente com o seu requerimento de registro de candidatura, a sua plataforma ou plano de governo.
Em Aragarças não foi diferente. No ato do registro da candidatura, o atual prefeito José Elias (PROS) também protocolou junto a Justiça Eleitoral seu Plano de Metas para administrar Aragarças durante quatro anos.
Ocorre que passados um ano e sente meses de administração, José Elias ainda não conseguiu cumprir a bagatela de 10% do total do seu Plano de Governo.
Entre as metas estão algumas principais promessas de campanha, tais como “recapeamento e asfaltamento das principais ruas do centro e vias expressas”, “criação do centro cirúrgico odontológico no hospital”, “criação de cursos preparatórios para o ENEM”, “implantação da eleição para diretor de unidade escolar municipal”, “sinalização nas ruas e avenidas e até instalação de semáforos”, “instalação do corpo de bombeiros” e entre outras metas deixadas de lado.
Ambicioso, a concretização total do Plano de Governo é quase um sonho, para tanto dependeria exclusivamente de corte de gastos e um grande esforço administrativo. E isso não vem acontecendo. A comunidade acompanha atentamente os gastos abusivos com diárias sem resultados, contratação de servidores desnecessários como é caso da esposa do Advogado Rafael Rabaioli para o cargo de chefe de gabinete, comenta-se que sua nomeação é forma de pagamento de honorários pela defesa realizada em processos investigativos movidos pela comunidade perante a Câmara de Vereadores.
O morador José Lima do bairro Bela Vista admite que votou no atual prefeito, mas confessa estar decepcionado com o ritmo lento que o executivo toca a sua gestão. “ Eu votei nesse homem que está no poder, arrependi tanto, ele dizia que era o melhor, mas parece que está sendo o pior”. Disse o morador em risos.
MAS POR QUE AS PROMESSAS NÃO SÃO CUMPRIDAS?
Isto se deve a alguns motivos. Um deles é que muitos candidatos não têm um bom conhecimento das atribuições de seus cargos, e prometem o que legalmente não podem realizar. Por exemplo, aquele candidato a prefeito que diz a você que vai melhorar a segurança pública, quando isso é uma atribuição do governador do seu Estado. Mas há também aqueles que não são ignorantes: por má-fé, fazem promessas que não podem cumprir, pois sabem que promessas atraentes rendem votos.
