Senador falou também sobre os projetos que tramitam no Senado para conter a alta dos combustíveis
Durante entrevista concedida ao jornalista Rubens Salomão, da Rádio Sagres, na manhã desta quinta-feira (24), o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), lamentou o ataque da Rússia à Ucrânia, que cria a ameaça do maior conflito armado na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
“Um conflito como esse é prejudicial para nós em todos os sentidos. Mexe com as importações e exportações e gera insegurança política num momento em que nosso país começa a dar sinais de recuperação econômica”, disse o senador ao acrescentar: “Esse conflito não é bom para ninguém. Eu sou um pacificador e minha convicção é de que tudo se resolve com diálogo e diplomacia”.
Indagado sobre os projetos que tramitam no Senado Federal para estabilizar o preço de combustíveis (PLP 11/2020 e PL 1.472/2021), o senador explicou que sua maior preocupação é que nenhum desses projetos gere efeitos imediatos. Disse, ainda, que o Brasil precisa investir maciçamente em refinarias para conseguir atingir essa estabilização.
“Nós não refinamos o petróleo no país, ou seja, nós temos que mandar o petróleo pra fora e comprar ele de volta. Isso é fruto de uma política errada que não ofereceu incentivos para que a iniciativa privada pudesse construir refinarias para sermos alto suficientes em produção e refino de petróleo. Sempre defendi que devemos calcular o ICMS sobre o preço do combustível na refinaria e não na bomba. Isso reduziria drasticamente o valor final para o consumidor”, explicou.
Para Vanderlan, o conflito desencadeado no leste europeu já traz algumas lições nesse sentido. “Mais do que nunca temos que investir na construção de refinarias no nosso país. Hoje, na situação atual, com a disparada no preço do petróleo, não tem outra saída para nós e para o presidente, a não ser pedir a colaboração dos acionistas da Petrobrás para congelar o preço do petróleo no valor atual até que se passe essa crise. É preciso fazer um estudo nesse sentido”, disse.
Os projetos que tratam sobre a estabilização do preço dos combustíveis voltam à pauta para votação no próximo dia 08 de março.