O mutirão de prefeituras que estavam agindo para a construção de um desvio ao lado do bueiro rompido teve que ser interrompido neste sábado, 16, com a interferência do Governo de Goiás, através da Goinfra, que discordou sobre o aspecto técnico da obra, alegando o descumprimento de normas que existem para este tipo de obra em córrego que atravessa rodovia. Até polícia foi usada neste sábado para a interrupção no serviço.
Com a interferência do Governo, tudo esteve parado por horas. Não está em andamento neste momento a obra provisória de travessia, nem a instalação da ponte móvel do Exército começou e nem mesmo a obra definitiva, já que o Governo tinha afirmado que a prioridade é, antes, tapar os buracos da rodovia GO-060.
Com uma interrupção temporária do mutirão que concluiria a travessia em dois dias, os prefeitos ficaram aborrecidos com a atitude do Governo, devolveram as máquinas para seus municípios e agora poderão voltar, com fatos que correram quase meia noite deste sábado para domingo. As exigências para que obra continue não aceitam que se coloque as manilhas que pretendiam usar para canalizar o leito do córrego. Era altas horas da noite quando a prefeita Miriã assinou o termo de responsabilidade a ser enviado ao Governo.
Fatos tensos do sábado
Um fiscal da Goinfra responsável pela região esteve na obra que os prefeitos faziam em mutirão, quando avisou de que era para paralisar o serviço, já que daquela forma não se pode executar, em descumprimento com normas padrões. Enquanto os prefeitos usavam manilhas, exige-se ponte com vigas, cabeças de cimento e que duram até 10 dias para ficar pronta, mesmo prazo de instalação da ponte móvel do Exército.
Assim que avisados pelo engenheiro de que teria que haver a paralisação da obra, os prefeitos não deram atenção e continuaram os serviços. Mais tarde, apareceu outra vez a ordem do Governo de Goiás de paralisação, desta vez com presença policial. Foi quando todos ficaram aborrecidos, paralisaram máquinas e caminhões e, com retorno de cada qual para seus municípios. Estiveram nesta ação as prefeituras de Israelândia, Iporá, Jaupaci, Amorinópolis, Diorama e São Luís de Montes Belos. A Prefeitura de Piranhas cedeu as manilhas.
Ninguém estava satisfeito na tarde deste sábado com o episódio, quando apareceu no local de obra o senador Vanderlan Cardoso. Ciente do impasse, ele interferiu junto ao Governo. Além dele, outros também fizeram isso. Miriã Dantas, prefeita de Israelândia, que é a que mais está empenhando na solução do problema, também falou com o presidente da Goinfra, Enio Caiado, e com o governador Ronaldo Caiado.
Diante de apelos, houve consentimento para que o desvio seja feito conforme o planejamento das prefeituras. Foi exigido da prefeita de Israelândia que ela assinasse um termo de responsabilidade sobre a obra, suas condições e seus riscos. Miriã Dantas entregou este de termo de responsabilidade para que sua assessoria jurídica fizesse um estudo. Ela concordou, a obra retoma na segunda-feira, 18. Mas os colegas prefeitos parecem já não ter a mesma disposição para o trabalho de mutirão. A reportagem falou com Naçoitan Leite, prefeito de Iporá, que chegou a nos dizer que ficava difícil porque naquelas condições “os operários que ajudam ficavam com medo de serem presos”. Mas o documento assinado pela prefeita pode mudar a disposição de todos pela continuidade da obra do desvio.
Enquanto isso, o Exército segue com o projeto deles de instalação da ponte móvel de ferro. Os que dependem de tráfego na direção leste oeste (Iporá/Goiânia) precisam usar os caminhos alternativos. Esta noite de sábado para domingo foi de mais chuvas, fatos que implicam em estragos nas estradas de chão usadas como alternativas.
Continuaremos atentos ao assunto.