O jornal O Popular fez reportagem na semana passada sobre a ponte de divisa de municípios, de responsabilidade de duas prefeituras e cuja parte de Iporá não foi feita. Trata-se de grande ponte sobre o Rio Claro, na travessia entre Moiporá e Iporá e proximidades do povoado de São Sebastião do Rio Claro (Mandioca Assada). Assim que a ponte foi interditada por deterioração na estrutura, os produtores rurais daquela região ficaram prejudicados em sua locomoção, bem como o transporte escolar.
O jornal O Popular cita que a Prefeitura de Moiporá já gastou 180 mil reais e fez a sua parte na obra, correspondendo a mais da metade: 60%. Enquanto isso, a gestão municipal em Iporá não tomou providência, a não ser um improviso na estrutura de madeira da ponte.
O jornal cita que essa reforma de ponte está gerando debate entre moradores dos dois municípios. A principal reclamação é de que entre as duas prefeituras, foi a de menos recursos financeiros que fez sua parte na ponte. A Prefeitura de Iporá ainda nem licitou a obra.
Videos sobre a diferença das execuções das duas partes da ponte estão sendo postados na internet. Uma publicação de Francisco Salles Filho, o Chicão, morador de Iporá, mostra a situação dos dois lados da ponte. Do lado de Iporá, asfalto foi colocado sobre uma estrutura de madeira que não seria resistente e que ainda tem as proteções lateriais soltas. O vídeo também mostra o asfalto cedendo.
Procurado, o prefeito de Iporá, Naçoitan Leite (PSDB), disse que vai fazer a parte sob a sua responsabilidade. Ele afirma que, desde novembro, as chuvas não param e que a parte de Moiporá ficou pronta antes porque o chefe do Executivo do município vizinho iniciou os projetos primeiro. Naçoitan disse: “Vamos fazer o projeto de engenharia e depois licitar. Não sei como foi feito no município de Moiporá, nós vamos fazer dentro da lei”.
A reportagem do jornal O Popular também falou com Woney Moreira (PSB), prefeito de Moiporá, que disse não saber o motivo de Iporá não ter executado a sua parte de manieira adequada e espera que isso seja feito o quanto antes, tendo em vista a importância da travessia para os produtores rurais e alunos.
A reportagem de O Popular informa que a Prefeitura de Moiporá está sendo questionada pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) sobre a forma como executou a obra, com cobrança de documentos. Mas Wolney Moreira Silva afirma que está tranquilo de que tudo foi feito dentro da legalidade.