O foco agora foi a Prefeitura de Cachoeira de Goiás. Supostas ilegalidades são de compras feitas no ano de 2017, mas agora com ações policiais em cumprimento de busca e apreensão. Após investigação que resultou em ação civil pública proposta pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), a Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira (5/10) a Operação Maquinário Fake, para cumprimento de 18 mandados de busca e apreensão nos municípios de Cachoeira de Goiás, São Luís de Montes Belos, Goiânia e Aparecida de Goiânia.
A operação foi resultado de investigações iniciadas na Promotoria de Justiça de Aurilândia sobre o desvio de recursos públicos na prefeitura de Cachoeira de Goiás ao longo do ano de 2017, a qual resultou no ajuizamento da ação civil pública por ato de improbidade administrativa.
Segundo a apuração do MP, iniciada naquele mesmo ano, o prefeito realizou despesas com diversas empresas, sob a justificativa de aquisição de peças, consertos e transporte de máquinas agrícolas de propriedade do município. No entanto, as compras foram feitas sem celebração de contratos, procedimentos licitatórios ou justificativa para a sua dispensa.
Foi verificado também que parte das despesas alegadas pelo município não foi realizada, tendo indícios, ainda, da emissão de notas fiscais falsas para justificar os gastos.
Em razão de a Promotoria de Justiça não ter atribuição para apurar crimes praticados por prefeitos, cópia da ação civil pública por improbidade administrativa foi encaminhada à Procuradoria de Justiça Especializada em Crimes Praticados por Prefeitos que, por sua vez, encaminhou as informações à Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), resultando na operação.
Ao todo, foram mobilizados 35 policiais, com apoio da 7° Delegacia Regional de Polícia. Na casa do investigado foram apreendidas três armas de fogo e munições, além de R$ 56 mil em espécie, segundo informações repassadas à promotoria.
Ao fim das investigações, os autos serão encaminhados para o Poder Judiciário e os indivíduos poderão ser responsabilizados pelos crimes de dispensa indevida de licitação, peculato e associação criminosa. (Edição de Texto: Stella Gontijo/Estagiária da Assessoria de Comunicação Social do MPGO – Supervisão: Ana Cristina Arruda – Texto e fotos: Polícia Civil)