Em entregas de benefícios no norte goiano, senador disse que problema dos combustíveis começou a ser resolvido
“Tudo isso foi falta de planejamento”. Assim o senador Vanderlan Cardoso (PSD-G0) resumiu a crise dos altos preços de combustíveis no Brasil ao ser entrevistado pelo Blog de Rubens Soares, no município de Niquelândia, no norte goiano, onde visitou mais dois municípios, para entrega de benefícios.
Para o parlamentar, o Brasil precisa urgentemente investir nas refinarias. “Somos autossuficientes na produção de petróleo e precisamos ser autossuficientes também no refino”, destacou.
Para Vanderlan até mesmo a dependência do dólar é resultado do não investimento nas refinarias. “A Petrobrás especializou-se em exploração de Petróleo, tem toda essa tecnologia, mas não se dedicou ao refino”, avaliou.
O senador lembrou que as providências começaram a ser tomadas, pois nesta semana, foram aprovadas dois projetos de lei no Senado Federal, o PL 1472/2021 e o PLP 11/2020, que vai reduzir o preço dos combustíveis no bolso do consumidor com a transferência de cobrança de todos os impostos para a refinaria.
“Com isso vamos resolver parte dos problemas, mas ainda será preciso compensar os Estados e dar o próximo passo queé o refino. Minha defesa é que a iniciativa privada invista maciçamente neste setor e no prazo de no máximo cinco anos sejamos autossuficientes”.
O senador lembrou que desde o início de seu mandato, em 2019, tem alertado para o problema do preço dos combustíveis e sugerido as soluções, como a cobrança dos impostos na refinaria ao invés de imposto sobre imposto na bomba dos postos de combustíveis.
Vanderlan comparou a crise dos combustíveis com a dos fertilizantes. “Da mesma forma das refinarias, o Brasil pagando um preço alto pela estratégia adotada com relação aos fertilizantes. Temos toda a tecnologia, na produção de grãos, mas da porteira para fora não fizemos o dever de casa que é investir nas fábricas de fertilizantes”, ressaltou.
Ele deu um exemplo de Três Lagoas. “Tínhamos uma mega fábrica de fertilizantes sendo construída pela Petrobrás, mas preferiram investir na Rússia por causa da alta carga tributária e só empacotar o produto no Brasil. Precisamos corrigir isso”, destacou.