Em apenas dois meses,
cerca de 10 milhões de despesas empenhadas a pagar…
Quatro milhões pagos…
Resta mais de cinco para quitar…
Orçamento do ano já está 24% comprometido.
Ao analisar as contas municipais dos dois primeiros meses deste ano (janeiro e fevereiro) os vereadores membros da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal de Iporá, manifestaram preocupação com os rumos que está tomando a execução orçamentária da Prefeitura. Esse foi o principal assunto na sessão da Câmara desta quinta-feira, 16. São membros da Comissão os vereadores Gumercino Francisco (PPPS), presidente; Eder Manoel (PTB), vice-presidente e Paulo Alves (PT), membro. Eles emitiram um documento com a avaliação da situação financeira da Prefeitura com base nos dois primeiros meses de 2013.
Os vereadores manifestam preocupação com a situação observada nos balancetes. Muito já foi empenhado. São mais de 10 milhões nos dois primeiros meses, sendo que destes, foram pagos mais de quatro e restam mais de cinco milhões de reais pendentes. O relatório da Comissão avalia que 24% da receita do ano já está comprometida.
Outra preocupação levantada diz respeito ao percentual de 15% da saúde que não está sendo aplicados, conforme pede a lei. O ano precisa fechar com esse percentual, mas se isso não for sendo cuidado desde já, haverão dificuldades futura para cumprir a lei, alerta a Comissão. Os vereadores lembram que em janeiro o gasto com saúde foi de 10% e, em fevereiro, o mesmo percentual. Fica pendente uma diferença a ser resgatada, em favor da área de saúde.
A Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara está exigindo do prefeito Danilo Gleic Alves dos Santos (PSDB) a cópia dos contratos da Prefeitura. De posse deles, numa análise dos mesmos, observando principalmente a vigência e abrangência destes, será possível saber melhor sobre a gravidade da situação financeira neste início de mandato. O pedido de cópia de contratos foi feito na segunda-feira e até ontem, quinta, 16, não foram repassados ao Legislativo. Os vereadores suspeitam de gastos excessivos com advogados e com empresas de contabilidade. A Comissão viu também divergências de valores contábeis, erros que podem ser considerados grosseiros.
O conteúdo do estudo feito pela Comissão foi exposto em plenário pelo vereador Paulo Alves. Além daqueles da Comissão (Gumercino e Eder), ele foi aparteado por Rodrigo Marques (PPS) e Elione Alves, todos preocupados com uma execução orçamentária que mostra uma tendência de endividamento. Certamente o Poder Executivo vai manifestar sobre esse assunto.