Na redação do Oeste Goiano, onde vieram na tarde desta quarta-feira, 28, vereadores fizeram críticas à administração municipal, pontuando vários setores, mas concentrando ênfase no Hospital Municipal, unidade de saúde que, segundo eles, está precária em todos os sentidos.
Vieram a redação do Oeste Goiano os vereadores de oposição: Paulo Alves (PT), Carmo Freitas Campos (PMDB), Marinho da Mata (DEM) e Eurides Laurindo (PDT). Sobre o Hospital Municipal, visitado nos últimos dias pelos vereadores Carmo e Eurides, disseram que esta unidade de saúde chegou a um ponto de precariedade como nunca esteve, com falta de medicamentos, de utensílios para o trabalho médico, situação ruim de mobiliário e lençóis com visível deterioração e um atendimento que está longe de atender a demanda. Os vereadores mostraram uma lista de espera por cirurgias que é de mais de uma centena de pacientes, colocando em risco a vida das pessoas. Segundo os vereadores, os usuários da saúde pública em Iporá estão reclamando muito, já que o hospital chega ao ponto mais crítico de sua história.
Palavra do prefeito
Sobre esse assunto, o prefeito Naçoitan Leite diz que o grande problema do Hospital Municipal de Iporá é sua demanda de atendimento que, além dos usuários da cidade, tem que atender a região (municípios circunvizinhos) e com isso, fica impossível um atendimento melhor enquanto não se mudar leis que possa fazer com que se impeça esse atendimento daqueles que não são da cidade. O prefeito pede os vereadores que o auxiliem nesta tarefa, na parte legal. Ele calcula que 70% dos que procuram o hospital não são de Iporá. Ele diz que todos precisam resolver isso na justiça e não cabe criticar o prefeito. Sobre o básico para atendimento no hospital, ele nega que isso seja verdade, dizendo que não falta o essencial naquele hospital.
Urbanismo
Os vereadores afirmaram para a reportagem que o povo de Iporá está indignado com a parte urbanística da cidade, com muito lixo nas ruas, matagal, necessidade de tapa-buracos e de reposição de lâmpadas para eliminar muita escuridão nas noites de Iporá. Dizem que a crise na Prefeitura chega ao ponto de faltar saco para juntar lixo.
O prefeito nega categoricamente que haja este tipo de calamidade citado pelos vereadores. Diz que tem três equipes fazendo tapa buracos, que em um cronograma pré-estabelecido está trocando lâmpadas de bairro por bairro. Sobre o lixo, diz que a cidade nunca esteve tão bem coletada em lixo como agora. Sobre podas, diz que em período chuvoso é normal que as plantas cresçam, mas essas plantas são podadas.
Falta dinheiro no IPASI
O repasse de dinheiro que precisa ser feito ao Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores de Iporá (IPASI) está em déficit. Não foi repassado ao órgão tudo que precisaria ser feito, conforme a lei. Mostra isso os vereadores, afirmando que a gestão ainda tem a Certidão Negativa de Débito, o que faz com que haja correção do ponto de vista fiscal, mas falha para com os servidores. O recurso é para ser usado em aposentadorias futuras.
“Não há nenhum problema no IPASI”, enfatiza o prefeito, salientando que o fato de ter a Certidão Negativa de Débito é que mostra a lisura da gestão.
Crítica ao ex-prefeito
Sobre obra inacabada, questão levantada pelos vereadores, o atual prefeito culpa o gestor anterior, Danilo Gleic. Trata-se de quadra em escola que onde nunca se coloca a cobertura. Ele afirma que o ex-prefeito deixou tudo licitado, mas nada arrumado e que é muita coisa errada do passado e que está corrigindo para seguir com as quadras, pelas suas conclusões. Ele conta que ia colocar coberturas, mas então faltavam os pilares. Diz que quer fazer tudo dentro da lei.
Os vereadores mostram a grande deficiência de Iporá em vagas em creches. A gestão não consegue atender a todas as mães que procuram o serviço público para deixar crianças a fim de trabalhar fora. Naçoitan Leite afirma que já criou duas salas a mais em 2017 e outras duas serão ainda criadas, mas frisa que é um problema de longa data em Iporá.