Quando o quarto membro da corte do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ia votar, o Juiz Sérgio Abreu Cordeirro, a sessão foi suspensa. É que ele pediu vistas do processo, a fim de aprofundar mais no assunto. Com isso, a sessão foi suspensa. Três votos já tinham sido proferidos: dois a favor de Naçoitan e um contra.
Agora, a continuidade da sessão é em outra data. Mas segundo os que acompanham o TRE isso não vai demorar, haja visto ser um processo que está em andamento, aguardando voto de outros quatro membros da corte para conclusão de resultado.
Naçoitan Leite foi defendido em sustentação oral pelo advogado Dyogo Crosara, o qual alegou fragilidade de provas. O Ministério Público fez o pronunciamento pedindo condenação através do Procurador Célio Vieira, afirmando que as provas são robustas contra o prefeito eleito na ocasião.
Na tarde desta terça-feira, 28, o atual prefeito de Iporá, Naçoitan Leite (PSDB) começou a ser julgado no “Caso do Helicóptero”, episódio como ficou conhecido, levado a efeito em primeiro de setembro de 2016, no auge de uma campanha eleitoral e quando um helicóptero sobrevoou a cidade, arremessando milhares de panfletos apócrifos que continham informações difamatórias contra Amarildo Martins, candidato adversário de Naçoitan, nas eleições daquele ano.
O Ministério Público (MP) sustenta que Naçoitan Leite está por trás deste fato. A defesa do atual prefeito afirma nos autos que não há prova de sua participação no fato. O processo já avançou rumo a segunda instância. Em um primeiro julgamento em primeira instância a defesa de Naçoitan logrou êxito, mas quando chegou na instância seguinte, em razão de recurso do Ministério Público, a sentença foi cassada e determinado que o processo voltasse a Iporá para a colheita de novas provas, inclusive realização de perícia. Feito isso, na Comarca de Iporá, Naçoitan sofreu derrota, com julgamento em seu desfavor.
O acusado recorreu para o TRE (segunda instância), onde o processo está há meses. Agora, está sendo feito o julgamento. Naçoitan pode perder o cargo e ainda ficar inelegível por 8 anos. Mas para se saber o resultado, é preciso aguardar a continuidade do julgamento.
Voltaremos a este assunto.