Iran Rodrigo, padre que atuou em Caiapônia e que foi denunciado por abusos sexuais, acaba de ser excluído da vida clerical. A decisão é da Igreja Católica.
Em uma entrevista para a Rede Diocesana de Rádio, o próprio bispo Dom Carmelo Scampa fez o anúncio, afirmando que Iran Rodrigo passa a ser apenas um um leigo, sem condições de exercer o ministério sacerdotal e ser um pregador da palavra.
O bispo explica que para se chegar a essa decisão, o que houve foi o ato da Diocesse fazer uma indagação prévia ainda em 2017, no ano em que ele foi preso, para uma instância da Igreja, que é a Santa Sé, a Congregação da Doutrina da Fé, que manifesta sobre estes casos.
Na indagação prévia, foi solicitada que a Diocese fizesse um processo administrativo, apurando os fatos. Isso foi feito e contatada a verdade dos fatos quanto aos abusos sexuais cometidos pelo então padre.
Em fevereiro concluiu-se o resultado da investigação. Ele foi notificado no mês passado e acatou a sentença. Afirma o bispo que agora Iran Rodrigo “toca sua vida como leigo, tem a solidariedade da igreja como irmão e a igreja tem também solidariedade com as vítimas”.
O bispo afirma que isso foi uma pena, mas não tinha outra solução. Iran Rodrigo foi condenado a quase 4 anos de prisão em regime semi-aberto. Investigações da Polícia Civil apontaram que ele cometia o crime de abusos sexuais em garotas com a promessa de “recuperar a virgindade” das vítimas. O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) investigou cinco estupros que teriam sido cometidos por ele.