Na área da bacia do córrego que abastece Iporá, a Saneago e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente continuam fazendo um trabalho de avaliação das condições de nascentes naquela região.
Nos dias 26, 27 e 28 de outubro foi feita a segunda etapa desse levantamento das condições de nascentes. Mais uma vez vieram de Goiânia técnicos da Saneago que cuidam de assuntos ambientais, visando a segurança hídrica em mananciais que abastecem cidades goianas.
Como em Iporá a situação é de alerta, esses profissionais estão vindo para uma avaliação in loco. A ação é em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, órgão que conta com Guilherme Bueno, o qual explica que será gerado um novo relatório, pontuando as nascentes a priori, e o que deve ser feito em cada uma delas.
Isso pode exigir ações como cercamento de área de nascentes, terraceamentos, plantio de mudas ou enriquecimento de mudas, construção de bacias de contenção, etc… Além de Guilherme Bueno, esteve na ação a Gisele Carneiro, também da Semmades. Participou o Paulo Ribeiro da GRS de Iporá-Saneago. De Goiânia vieram Genia Guimarães Santos, representando a gerência de apoio à conservação de mananciais da Saneago e Humberto Mesquita de Carvalho, da gerência de educação ambiental e ações sociais. Pela Emater, participou Daniela, que é chefe do órgão no plano regional.
Em Iporá, a comunidade local, através de ambientalistas, cobra das autoridades ações de recuperação ambiental na bacia do córrego Santo Antônio, manancial que abastece a cidade.
Nos últimos dias, alguns deputados e dois senadores receberam ofícios assinados por iporaenses, cobrando verbas de emendas parlamentares que possam traduzir em máquinas para serviço no solo da bacia.
Em ofícios a autoridades, ambientalistas de Iporá informaram a parlamentares sobre projetos de recuperação e manutenção dessa bacia que estão em desenvolvimento. Foi salientado que, entretanto, é necessário serem disponibilizados, para as ações de intervenção na conservação do solo, maquinários específicos, tais como: terraceador, trator, retroescavadeira, pá mecânica, moto niveladora e caminhões.
O manancial que abastece a cidade, Ribeirão Santo Antônio, a cada ano tem sua vazão de água reduzida em razão da forma de ocupação do solo da sua bacia ao longo de muitos anos. Suas nascentes sofreram graves intervenções que provocaram assoreamento e consequente morte de várias delas. A vegetação ciliar foi drasticamente afetada em consequência da implantação de pastagens e lavouras. O risco de desabastecimento de água para a cidade de Iporá é real se medidas de recuperação da bacia do manancial não forem implementadas.