Oeste Goiano Notícias, mais que um jornal.
Oeste Goiano Notícias, mais que um jornal.

PUBLICIDADE:

Mais de 2 milhões a serem devolvidos se UPA não funcionar

A Administração Municipal de Iporá está sendo notificada a colocar em funcionamento a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), obra tida como concluída em 2013. Naquele ano, a própria gestão informou ao Ministério da Saúde sobre a conclusão da estrutura física. Depois disso foram enviados recursos para compra de equipamentos. O tempo passa e não é feita a licitação para as compras desses equipamentos.

Conforme consta no convênio, se a Prefeitura de Iporá não colocar a UPA para funcionar terá que devolver à União os recursos transferidos e com correção monetária, o que resulta, atualmente, em valor superior a dois milhões de reais.

Está criado um impasse entre a Prefeitura de Iporá e o Ministério da Saúde. Este órgão federal, depois de transferir todos os recursos que seriam de construção e para equipar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e esgotados os prazos, já exigiu por meio de duas notificações que foram feitas que esta funcione e que passe a atender o povo, não só de Iporá, mas da região.

Por sua vez a Prefeitura de Iporá afirma que não há condições para fazer com que a UPA funcione. O prefeito Danilo Gleic Alves dos Santos, em recente entrevista, afirmou que os recursos não são suficientes para isso. Ele reclama que os últimos valores que foram transferidos, os de aquisição dos equipamentos não são suficientes para isso. O prefeito alega também que a cidade de Iporá não conseguirá manter esta unidade de saúde em funcionamento, já que, segundo ele, são altos os custos e o repasse mensal a ser transferido insuficiente, o que faria a Prefeitura ter que entrar com um complemento financeiro do qual atualmente não suporta.

Exemplo de Ceres mostra que funcionar UPA é perfeitamente possível

O argumento do prefeito Danilo Gleic de que os recursos são poucos para funcionar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) não convencem vereadores de oposição, principalmente depois que três deles foram ver in loco que, em Ceres, isso foi perfeitamente possível. A UPA desta cidade, que iniciou a ter verba liberada para sua obra na mesma época de Iporá, já funciona desde 2012. Enquanto isso, em Iporá, o prédio está pronto, mas o povo não dispõe do serviço.

No dia 28 de maio, foram até a cidade de Ceres, exatamente para conhecer a UPA, três vereadores (Elione Alves, Paulo Alves e Valdomiro Alves de Paula). Com eles, representando a Secretaria de Saúde do Município, viajou Neila Borges de Lima. A viagem foi custeada pelo município.

Os iporaenses foram recebidos em Ceres pela prefeita da cidade, Inês de Brito e também pela secretária de saúde do município, senhora Janayna. Elas mostraram as dependências da UPA daquela cidade e relataram sobre todo o funcionamento.

Os vereadores constataram em Ceres que a UPA funciona dentro do contexto geral de saúde pública da cidade e ainda juntamente com unidades particulares de saúde conveniadas. Dentro de um quarteirão, onde desde antes já existia o Hospital Pio X, a UPA foi edificada. Seu funcionamento é auxiliado por aquela unidade de saúde, equivalente a um hospital municipal. Dentro desse quarteirão estão vários serviços ligados à saúde, no qual os mais diferentes tipos de serviços se auxiliam mutuamente.

Embora a cidade de Ceres seja menor do que Iporá, conseguiu edificar uma UPA de nível 2, com capacidade para mais atendimentos. A UPA em Iporá é de nível 1. Lá, o prédio foi equipado com um recurso aproximado de 500 mil reais. Em Iporá o recurso disponível é de aproximadamente 800 mil reais. A prefeita Inês de Brito contou aos visitantes que fez uma pactuação de atendimento com 26 municípios daquela região. Pelo entendimento entre estes os municípios ajudam nos custos financeiros conforme os atendimentos destinados a pacientes de cada um destes.

A prefeita de Ceres fez questão de dizer aos iporaenses que não importa com um incremento no número de atendimentos, uma vez que quanto mais atende, mais a sua gestão é financeiramente recompensada pelo SUS. Outra articulação que viabilizou o funcionamento da UPA de Ceres foi uma parceria com uma organização social (entidade filantrópica) que administra a unidade de saúde.

Os vereadores afirmam que em Ceres, dentro deste complexo de saúde que foi criado (Hospital, UPA, SAMU e laboratórios) raramente um paciente é encaminhado à Goiânia. Geralmente todos os casos na área de atendimento de emergência são resolvidos. Quando não são possíveis, o paciente é levado à Goiânia com todos os procedimentos prévios já feitos (exames).

Os vereadores voltaram ainda mais convencidos de que a UPA de Iporá é perfeitamente viável e os exemplos de Ceres são adaptáveis à nossa realidade. A reportagem tentou também falar com Neila Borges de Lima sobre esse assunto, mas na tarde desta quinta-feira não conseguimos localizá-la. Como ela é experiente em saúde pública e foi até lá em nome da Secretaria Municipal de Saúde as impressões dela a respeito UPA de Ceres seriam importantes.

Compartilhar:

Para deixar seu comentário primeiramente faça login no Facebook.

publicidade:

Veja também:

.

salario-atrasado-2
Gestão diz aos médicos que não há previsão de pagamentos
xxxx2
Médicos com 2 meses de salários atrasados cogitam paralisação
WhatsApp-Image-2024-11-04-at-08.20
Esta terça será dia de exames gratuitos do Dr. George Morais
WhatsApp-Image-2024-08-10-at-05.09
Tem vagas para profissionais na Unidade de Coleta de Sangue
WhatsApp-Image-2024-06-19-at-10.40
Maçonaria fará de 27/06 data de mobilização por doação de sangue
salario-atrasado-2
Gestão diz aos médicos que não há previsão de pagamentos
xxxx2
Médicos com 2 meses de salários atrasados cogitam paralisação
WhatsApp-Image-2024-11-04-at-08.20
Esta terça será dia de exames gratuitos do Dr. George Morais
WhatsApp-Image-2024-08-10-at-05.09
Tem vagas para profissionais na Unidade de Coleta de Sangue
WhatsApp-Image-2024-06-19-at-10.40
Maçonaria fará de 27/06 data de mobilização por doação de sangue