Viviane Specian, do PT de Iporá, cobra responsabilização por obra irregular e alerta para impacto ambiental irreversível
A vereadora Viviane Specian (PT), do município de Iporá, denunciou publicamente um possível crime ambiental ocorrido no Morro do Macaco, um dos pontos naturais mais conhecidos da região. Segundo a parlamentar, imagens e vídeos enviados à sua equipe mostram a retirada de parte do topo do morro, o que ela classifica como uma ação absurda e criminosa contra o meio ambiente.
“Sabemos que a Prefeitura realizou uma manutenção na estrada de acesso, mas o que é visto nas imagens é um verdadeiro absurdo. É crime ambiental!”, afirmou Viviane. Ao questionar sobre as alterações no local, a vereadora disse ter recebido a negativa de que a ação tenha sido realizada pela gestão municipal. No entanto, ela já solicitou junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMMADES) o projeto e a autorização da obra, lembrando que há leis municipais que protegem o Morro do Macaco e que proíbem qualquer intervenção sem a devida autorização da secretaria responsável.
A preocupação da vereadora vai além do impacto visual ou da ocupação irregular da área. Ela alertou para diversas consequências ambientais graves, como processos de erosão que podem se intensificar com a chegada do período chuvoso, perda de biodiversidade vegetal e animal, além da destruição do hábitat de espécies raras.
Entre as perdas mais alarmantes, Viviane destacou uma possível tragédia ecológica de escala internacional. O local afetado, segundo ela, é o único no mundo onde foi encontrada a planta Archidium oblongifolium, uma espécie descoberta recentemente pelo professor iporaense Alex Rios e que já está classificada como de alto risco de extinção. “A retirada de parte do topo pode contribuir diretamente para a extinção dessa espécie. Se nada for feito com urgência, tudo será destruído”, alertou.
A vereadora informou que já fez uma denúncia formal ao Ministério Público e espera que os responsáveis sejam punidos. “Recuperar um ecossistema leva muito tempo e a possibilidade de perder espécies levando-as à extinção é enorme. Ações criminosas como essa não podem mais acontecer”, concluiu.
A reportagem do Jornal Oeste Goiano entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Iporá e aguarda posicionamento oficial sobre o caso.
