Nos supermercados de Iporá já é vendido mel em embalagem de boa apresentação visual. O que era um comércio acanhado e, até mesmo clandestino, atualmente exibe profissionalismo e um bom marketing.
Nos últimos 11 anos a produção de mel no município de Iporá aumentou 111,5%. Em 2004, os apicultores de Iporá colheram 2.600 quilos de mel. No ano passado, essa produção chegou a 5.500 quilos.
Com um aumento de produção e por ter boa qualidade, o mel de Iporá atualmente é exportado. Cerca de 10 apicultores estão em atividade com colmeias que aproveitam a florada da vegetação do município com duas colheita ao ano: maio e setembro.
O litro de mel custa entre 30 e 40 reais, mas o produto também é vendido em embalagens menores. Um dos apicultores de Iporá, Valdion Marques, afirma que o negócio é lucrativo, mas exige conhecimento e tem riscos, afinal, lidar com abelhas não é fácil.
Ananias Rocha, outro que produz muito mel, com diversas colmeias distribuídas em fazendas do município, confirma que a atividade é lucrativa que, no caso dele, iniciou como hobby, mas hoje contribui com um acréscimo na sua renda familiar. Faz 15 anos que ele se dedica a apicultura. Quem o ensinou foi a professora aposentada Dahir Araújo, uma das pioneiras da atividade em Iporá. Desde então, nunca mais parou. A apicultura é sua segunda atividade profissional. Ele chegou a colher 1.500 litros por safra. Atualmente, colhe de 700 a 800 litros.
Ele explica que tem uma relação de arrendo com proprietários rurais onde deixa as colmeias. Os donos dos locais recebem de 10 a 15% do mel colhido. Ananias Rocha ressalta o lado bom da apicultura é o baixo investimento financeiro e a boa rentabilidade. Porém, a atividade exige conhecimento, técnica e mão de obra atualizada, para que uma boa revisão seja executada nas colmeias nos períodos certos.
