Satisfeitos em ter o comércio de portas abertas, dentro desse período de 14 dias para essa permissão, os comerciantes de Iporá não querem fechamento de suas portas para quando este período terminar, conforme chegou a ser anunciado pelo Governo de Goiás, já que o programado foi um revezamento de 14 x 14 dias, entre períodos intermitentes de funcionamento e fechamento.
Para serem convincentes de que não é preciso fechar o comércio e que este é cumpridor de medidas sanitárias, os dirigentes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Iporá vão lançar durante toda próxima semana uma campanha direcionada aos clientes, a fim de intensamente orientá-los sobre as medidas sanitárias ao movimentar pelas ruas da cidade e adentrar os estabelecimentos.
Os empresários acreditam que o comércio não é causa para a intensificação no contágio do vírus, até mesmo porque os índices de compra são baixos, sem nenhuma aglomeração em busca de mercadorias, em nenhum local. E com pleno respeito às medidas sanitárias há de ser convincente de que o comércio realmente não é problema que cause disseminação do vírus.
Dentre outras formas de orientar o público consumidor, uma delas é a prática de som volante na área comercial da cidade, com ênfase na mensagem educativa para todos que estejam nas ruas. Pretende-se um esforço especial de apelo esclarecedor para o comércio que funciona à noite, principalmente bares, um dos pontos mais críticos, no que diz respeito a aglomeração.
Três empresários de Iporá, em nome dos demais, participaram nesta sexta-feira, 9, de uma reunião com o Promotor Luís Gustavo Soares Alves, onde trataram sobre o respeito em Iporá às medidas sanitárias para evitar a disseminação do vírus. Estiveram na reunião Sergio Neto (Calçados do Povo), Martins (Novo Tok Móveis) e o Cleiber Miguel (Iporá Auto Diesel), com quem a reportagem conversou e que nos informou que foram educadamente recebidos naquele órgão. Segundo Cleiber, ele ouviu do promotor que este não é a favor de fechar o comércio, mas sim de que se cumpra rigorosamente medidas sanitárias e tem agido o tempo todo neste sentido. Ouviu o promotor dizer que não tem sentido as críticas a ele em redes sociais de que tem salário e não se importa com o comércio fechado. Afirmou que importa-se com o assunto, dedica-se a isso e tem parentes que dependem do comércio, por isso também atenta-se a essas atividades econômicas, frisando que aquilo que o órgão onde atua quer é respeito às medidas de segurança sanitária, pois a pandemia está em momento complicado.
Ainda segundo Cleiber Miguel, sentiu que há uma sintonia entre MP e Prefeitura por comércio aberto. Mas ficou claro para ele que tanto o MP quanto Prefeitura querem, de fato, rigoroso respeito às medidas sanitárias. De sua parte, dirigentes da CDL afirmam que querem fazer valer esse respeito às medidas, tanto que vai ser feito investimento financeiro particular de empresários para conscientizar uma população que ainda deixa a desejar na forma preventiva de lidar com a pandemia.
Ainda não está claro o que vai ocorrer na semana que vem, quando terminar o período de 14 dias de flexibilização: se volta o fechamento do comércio ou se o mantém aberto com comportamento mais rigoroso no respeito às medidas.
