Ainda prossegue a campanha de vacinação anti-rábica. O dia 29 passado foi de intensificação das atividades. Os postos do PSF (Programa de Saúde da Família) ainda possuem a vacina onde os donos dos animais podem pegar para aplicação. Uma equipe está concluindo a visitação em todas as fazendas do município.
Já foram vacinados 5.191 cães na cidade e na zona rural. O número de gatos imunizados é de 448. A Secretaria de Saúde alerta os que não levaram os animais para vacinação, para que façam isso nos próximos dias.
Sobre a raiva
É uma doença infecciosa aguda que acomete mamíferos (homens e animais), causada por um vírus que se multiplica e se propaga – via nervos periféricos – até o sistema nervoso central, de onde passa para as glândulas salivares, nas quais também se multiplica.
O prognóstico é fatal em todos os casos e representa um sério problema de saúde pública. A doença expõe grande número de pessoas e animais ao risco de contaminação e os custos necessários para o seu controle ou erradicação são elevados.
É um vírus RNA, pertencente à família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus. Em sua constituição encontram-se 5 proteínas, sendo que a glicoproteína do envoltório viral é o único antígeno capaz de induzir síntese de anticorpos neutralizantes no hospedeiro, conferindo proteção à doença. O vírus rábico é inativado por diversos agentes físicos e químicos, tais como: radiação ultravioleta, detergentes, agentes oxidantes, álcool, compostos iodados, enzimas proteolíticas e raio X. É sensível aos ácidos com pH<4 e às bases com pH>10. É inativado pelo calor, sobrevive 35 segundos a 60°C, 4 horas a 40°C e vários dias a 4°C.
Modo de transmissão
A forma mais comum de transmissão é através de contato com saliva de animal raivoso, seja por mordeduras ou lambeduras de mucosa ou de pele com solução de continuidade. As arranhaduras também têm potencial de contaminação, devido à salivação intensa dos animais doentes, que muitas vezes contaminam suas patas. O contato indireto não é considerado veículo de transmissão, mas há pouca discussão a este respeito na literatura. Outras formas de contágio, embora raras, são: transplante de córnea, via inalatória, via transplacentária e aleitamento materno. Teoricamente, é possível a transmissão de raiva por contato íntimo intradomiciliar ou em unidades de saúde através de secreções infectantes. Entretanto, não há casos registrados com essa epidemiologia.
A fonte de infecção é o animal infectado pelo vírus rábico. Em áreas urbanas, é principalmente o cão (quase 85% dos casos), seguido do gato. Em áreas rurais, além de cães e gatos, morcegos, macacos e mamíferos domésticos como: bovinos, eqüinos, suínos, caprinos, ovinos. Os animais silvestres são os reservatórios naturais para animais domésticos.