Cidadania significa também se informar sobre as receitas públicas municipais e saber cobrar dos administradores a transparência, a honestidade e
Cidadania significa também se informar sobre as receitas públicas municipais e saber cobrar dos administradores a transparência, a honestidade e a boa aplicação dos recursos. Em tempo de campanha eleitoral é salutar que haja a reflexão do eleitorado.
Últimos receitas anuais da Prefeitura de Iporá
2011 – R$ 29.377.431,35
2010 – R$ 31.793.293,11
2009 – R$ 26.722.739,90
2008 – R$ 26.864.301,76
Receitas de prefeituras da região durante todo o ano de 2011:
Amorinópolis – R$ 7.089.406,33
Arenópolis – R$ 9.460.818,78
Caiapônia – R$ 25.937.433,02
Diorama – R$ 7.969.334,68
Israelândia – R$ 6.401.407,17
Ivolândia – R$ 7.761.929,96
Jaupaci – R$ 6.766.251,80
Jussara – R$ 28.919.584,15
Moiporá – R$ 6.648.078,66
Montes Claros de Goiás – R$ 15.731.928,27
Palestina de Goiás – R$ 8.500.346,69
São Luís de Montes Belos – R$ 34.241.806,63
Existe honestidade na política? Parece que a maioria das pessoas acha que não
Marcius Aun Patrizi faz uma reflexão interessante sobre o assunto. No site do Jornal da Cidade, de Rio Claro, São Paulo, ele assim escreveu:
Será que os políticos são uma “raça” diferente? E que todos os não-políticos são exemplos de honestidade?
Na época do “mensalão”, uma pesquisa detectou um número impressionante: se tivessem a oportunidade de estar no Congresso, 75% dos entrevistados “meteriam a mão”.
Muitos políticos vêm desses 75% da população. Estou no serviço público há 29 anos, 8 dos quais na prefeitura de Rio Claro. Vi muita coisa boa e ruim. Conheci gente boa e ruim. Servidores públicos e políticos bons e ruins.
Da mesma forma que existem advogados, médicos, professores etc. bons e ruins, assim como em qualquer família.
Sim, existe político honesto. Minoria? Talvez, mas conheço vários, inclusive aqui em Rio Claro. Também conheço gente que não vale um tostão e vive fazendo discurso bonito, condenando quem está no poder, como se fosse modelo de ética.
Exemplo claro é o do ex-senador Demóstenes, que era considerado uma “reserva moral” do Senado, o grande nome do DEM, partido que está definhando, cada vez menor… Até poucos meses atrás, Demóstenes era o grande acusador de irregularidades do governo.
Aqui em Rio Claro também vemos alguns “Demóstenes” fazendo discursos moralistas contra o atual governo municipal, um festival de hipocrisia.
Tem “doutor” que se arroga no direito de dar lição de moral e fazer acusações vazias contra pessoas sérias. Como se diz, se não está satisfeito, vai lá e faz melhor. É fácil ficar de fora jogando pedra, pelo jornal, no rádio ou em redes sociais. É tão competente e honesto assim? Seja candidato. Vamos ver se o discurso condiz com a prática.
Mas como saberemos separar o joio do trigo?
Tem gente desonesta que entra na política para enriquecer. É só ver o que o sujeito tinha no começo da carreira política e como está hoje. Vejam os milionários da política, empresários poderosos que ainda têm a cara de pau de apresentar declaração de bens como se fosse de classe média. Esse tipo de gente tem que ser extirpada da vida pública para sempre. É o primeiro critério para se separar o joio do trigo.
E a fama de ladrão? É suficiente para saber se o político é safado? Não necessariamente. Ninguém pode ser condenado sem uma sentença transitada em julgado. Honestidade é fundamental na política. Eliminar os desonestos da vida pública é um grande passo para evitar desvios que vimos no passado, e que esperamos não voltem nunca mais.
(O autor é analista judiciário da Justiça do Trabalho, escritor e foi chefe de Gabinete da Prefeitura de Rio Claro)