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O evento é de apresentação de Antônio Goeldi e outros artistas. No final, noite dançante.
O músico iporaense Antônio Goeldi, agora com o nome de Antônio Goeldi Goyará, o que mostra sua origem cearense misturada com a goianidade da qual nutre desde a infância, está com um CD pronto, inédito e sendo preparado para ser levado a público.
Goeldi marcou para esse dia 23 de janeiro, na Mansão Verde, a festa de lançamento de seu novo trabalho.
O CD traz 13 canções. Três delas são regravações de músicas já conhecidas do público: Terra Seca, Alma Cristalina e Rodopiar. O trabalho de Antônio Goeldi Goyará vem a público com apoio do Lei Goyases. Mas o artista injetou também recursos particulares, o que garantiu a ótima qualidade do CD. Todas as letras de música são de autoria do cantor.
Comentário crítico sobre a música de Antônio Goeldy Goyará
Esse goyarense, o Goeldi, é mais um injustiçado pela grande mídia, a qual não deixa vir a público grandes talentos da música no interior brasileiro. Quantos talentos estão disperdiçados por aí. Goeldi é só mais um deles.
O artista é desses que fez do canto mais do que um artifício para espantar males. Desde a década de 80 o povo de Iporá e da região o conhece como cantor, vencedor de festivais e como carismático artista.
Goeldi encarna bem a alma poética do retirante nordestino. Embora tendo chegado muito novo em Iporá, trouxe consigo tudo que sente o sertanejo nordestino. Sua música é retrato fiel disso. E vai mais além… Captou bem o lirismo da música brasileira.
Em razão das qualidades do seu trabalho, Goeldi tem de tudo, sempre teve todos os predicativos para fazer sucesso. Sua música pode atender abivalentemente, tanto o público, quanto a crítica.
Se não, vejamos… Primeiramente, é de sabor popular o ritmo alegre e dançante da maioria das músicas. Encaixam perfeitamente nesse inconsciente coletivo que clama por movimento… Tem todo embalo, instrumental bem trabalhado, toda marca forte do som nordestino e com interpretação, ao mesmo tempo doce, quanto de um jeito que lembra a aridez da terra de origem.
Por outro lado, as letras das músicas estão também muito acima da média destas que emplacam no hit parade. Enquanto muitos nada dizem, Goelde faz boa poesia em suas letras, com a inteligência de quem conhece a alma humana e, principalmente, do sertanejo nordestino, desse ser, às vezes, áspero, às vezes, desejo de experienciar a suavidade, como mostra no verso: “Longe disso a gente vira / Ferrão da ponta fina / E sem querer deixar de ser / Coisa cristalina”.
Como Antônio Goeldi Goyará é mais do que de dois estados e como o universal também repousa na alma de quem é antenado com o mundo, deixa transparecer expressões sobre a força de Morramed Ali, divaga na paisagem africana onde tem a força do leão, tem a altitude do falcão, sem deixar de mercionar o verde do amazonas e enaltecer a beleza afro-brasileira de quem está acima das regiões.
Em versos interessantes que fez com a esposa Ordalina Caetano, mostrou Jataí (onde reside atualmente) como a cidade que não faz mal, faz é mel e conjecturou o sonho da nova capital brasileira. Por essas e outras, Goeldi sai do regional e também mostra ser universal. Vale a pena ouvir. Dentre as novas músicas, destaque especial para “Medo”, que é uma canção linda, para “Caminho das Estrelas”, música que dá nome ao CD, “Disparidade”, na qual Adolfo Freitas aparece com participação especial em impecável interpretação e “O sonho de Toninho JK”, obra prima, um presente para o jataiense e que merecia até ser o hino dessa cidade! Está de parabéns Antônio Goeldi Goyará! Basta agora que a grande mídia enxergue este talento.