Mais um membro da corte pediu vistas do processo e com isso o julgamento de Naçoitan Leite não se concretizou nesta tarde de quinta-feira, 13 de agosto, o que mais uma vez mostra a lentidão da Justiça, inclusive a de natureza eleitoral quanto a um assunto ainda do pleito de 2016.
O Juiz Vicente Lopes da Rocha Júnior iria ser o sexto a votar (são 7), quando pediu vistas, alegando que ainda precisa estudar mais a matéria em pauta, que é o Caso Helicóptero, aquele episódio de primeiro de setembro de 2016, data em que uma aeronave sobrevoou Iporá, arremessando papéis difamatórios.
Até aqui o placar no julgamento é de 3 x 2 a favor do provimento do recurso, ou seja, a favor de Naçoitan Leite, negando a autoria dele quanto ao fato exposto no processo.
Esse julgamento começou em 28 de julho e foi interrompido, quando o quarto membro daquela corte ia votar, o Juiz Sérgio Abreu Cordeirro. É que ele pediu vistas do processo, a fim de aprofundar mais no assunto. Com isso, a sessão foi suspensa. Até então, três votos já tinham sido proferidos: dois a favor de Naçoitan e um contra. Na continuidade do julgamento, nesta quinta-feira, ao votar mais dois juízes, um ficou a favor do provimento e outro, contra. Um outro lance no andamento da processo foi a retirada dele de pauta, quando havia sido programado de julgamento em 6 de agosto. Segue em ritmo lento o julgamento quanto a um susposto crime eleitoral de uma eleição de quase quatro anos atrás.
Naçoitan Leite tem sido defendido em sustentação oral pelo advogado Dyogo Crosara, o qual alega fragilidade de provas. O Ministério Público faz o pronunciamento pedindo condenação através do Procurador Célio Vieira, afirmando que as provas são robustas contra o prefeito eleito na ocasião.
Na tarde do dia 28 de julho, o atual prefeito de Iporá, Naçoitan Leite (PSDB) começou a ser julgado no “Caso do Helicóptero”, episódio como ficou conhecido, levado a efeito em primeiro de setembro de 2016, no auge de uma campanha eleitoral e quando um helicóptero sobrevoou a cidade, arremessando milhares de panfletos apócrifos que continham informações difamatórias contra Amarildo Martins, candidato adversário de Naçoitan, nas eleições daquele ano.
O Ministério Público (MP) sustenta que Naçoitan Leite está por trás deste fato. A defesa do atual prefeito afirma nos autos que não há prova de sua participação no fato. O processo já avançou rumo a segunda instância. Em um primeiro julgamento em primeira instância a defesa de Naçoitan logrou êxito, mas quando chegou na instância seguinte, em razão de recurso do Ministério Público, a sentença foi cassada e determinado que o processo voltasse a Iporá para a colheita de novas provas, inclusive realização de perícia. Feito isso, na Comarca de Iporá, Naçoitan sofreu derrota, com julgamento em seu desfavor.
O acusado recorreu para o TRE (segunda instância), onde o processo está há meses. Agora, está sendo feito o julgamento. Naçoitan pode perder o cargo e ainda ficar inelegível por 8 anos. Mas para se saber o resultado, é preciso aguardar a continuidade do julgamento, talvez em sessão na semana que vem.