Donizete Vieira de Souza e Cleidney José da Silva, ligados a Prefeitura de Iporá (gestão anterior) e que ainda estavam presos na cadeia de Iporá foram libertos nesta segunda-feira, 10, após quase 120 dias de cárcere.
A tarde desta segunda-feira foi de audiência de instrução e julgamento, com a presença dos advogados dos presos, Mahmud Armad Sara e Fabrício Cunha, diante do Juiz Wander Soares da Fonseca. Ao final do dia, o magistrado decidiu pela soltura dos dois presos, para que respondam ao processo em liberdade.
Em entrevista a Rádio Rio Claro o advogado Mahmud Armad Sara disse que o Juiz acatou o pedido dos advogados de que a prisão deles não tinha mais sentido, perdendo força a tese de que, se libertos, pudessem obstaculizar o trabalho da Justiça. Eles ocuparam cargos em uma gestão que findou em trinta e um de dezembro de 2016.
José Santana Leite, outro que tinha sido preso, já havia sido libertado semanas atrás. Essa prisões ocorrem em 19 de dezembro do ano passado, quando da realização pelo Ministério Público da Operação Assepsia. Flagrou-se em Iporá um esquema de desvio de recursos públicos com relação a um contrato da limpeza pública da cidade por meio da empresa Transterra, de José Santana Leite.
A partir da análise dos documentos, computadores e materiais coletados durante a operação, foram denunciados pelo MP o então secretário de Obras de Iporá, Cleidney José Silva; o ex-secretário de Controle Interno de Iporá, Donizete Vieira de Souza; Edney José Silva, irmão de Cleidney e José Santana Leite, dono da empresa Transterra. Eles foram acusados pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, organização criminosa e por embaraço às investigações.
Por fim, mais recentemente, foi pedida também a prisão de Edney José da Silva. O Ministério Público será ouvido sobre a fase atual do processo. Por fim, o Juiz vai sentenciar sobre os envolvidos.