Wander Soares da Fonseca, Juiz em Iporá e Diretor do Foro, que esteve a frente do evento de quatro dias e que se denominou JUSTIÇA PELA PAZ EM CASA, avaliou positivamente a realização do mesmo, entre segunda, 20, e quinta-feira, 23, e que consistiu em jugamento de casos de infratores à Lei Maria da Penha e que contou também de evento solene com autoridades e atendimentos na área social, de alcance aos membros das famílias: procedimentos gratuitos de beleza, saúde, atendimento jurídico e psicológico, em tendas colocadas no pátio do Fórum.
Ao falar com a reportagem do OG o Juiz afirmou que tudo foi uma grata surpresa e que não se recorda, pelo que sabe, e não se tem registro de ter sido feito antes na Comarca. Ele faz a reflexão de que foi ocasião de se abordar sobre violências nos lares e em ambientes que teriam que ser de paz e sossego, mulheres são transoformadas em vítimas e as pessoas compareceram no evento para enfocar um tema tão importante. Foi oportunidade de discutir e de se buscar soluções. Isso traz ao poder Judiciário a responsabilidade de punição para esses agressores, disse ele.
O magistrado falou sobre as parcerias estabelecidas para o evento, o qual foi abraçado pela comunidade, com diversos parceiros: poder público municipal, Polícia Civil, Vap-Vupt e vários outros órgãos. Isso tudo mostra que basta um impulso para se buscar as melhorias para a sociedade, disse ele. O magistrado afirma que ficou satisfeito com tantos atendimentos em tendas instaladas no evento.
Debate
Um amplo debate no auditório do Fórum marcou o encerramento do JUSTIÇA PELA PAZ EM CASA, com os mais diversos órgãos expondo o seu papel ante a violência contra as mulheres. Um público diversificado, mas onde predominavam alunos dos cursos de Direito e de Psicologia da Faculdade de Iporá (FAI), ouviu as questões levadas.
Além do Juiz Wander Soares da Fonseca, estavam também no debate: Samuel João Martins (também Juiz), Frederico Ramos (promotor), Ronaldo Pinto Leite e Ramon Queiroz (delegados), Naçoitan Leite (prefeito), Ivani Assunção (chefe do Centro de Referência Especializado de Assistência Social – Creas) e Vanessa Cândido Costa (advogada e representante da OAB). O tema violência doméstica foi exaustivamente debatido em todas as circunstâncias, com enfoque para que haja esforço para que esse tipo de crime seja sempre denunciado.