Nesta tarde de terça-feira, 17, quarenta e quatro pessoas foram ver in loco a barragem da Saneago, local com cada vez menos água. De sábado passado para a terça, já se percebeu mais decréscimo na vazão.
Os que foram ao local são vereadores, equipe do Executivo, professores da UEG, IF Goiano e Faculdade de Iporá (FAI), policiais, líderes da comunidade e populares. Foram acompanhados por funcionários da Saneago.
Todos ficaram tristes com a condição precária do córrego Santo Antônio, em barragem em que toda a água é canalizada para redirecionamento para a estação de tratamento. Nada sobra, com o barragem estando seca na superfície onde fluía o excesso de água e ainda com alguns centímetros abaixo do volume morto possível.
João José Gomes Dias, diretor regional da Saneago, em sua fala aos visitantes da barragem, disse que estão sendo captados 90 litros por segundo, enquanto que já pode ser feita no passado uma captação de 120 litros de água por segundo. Quanto a crise hídrica, o diretor da Saneago disse que a empresa é sensível ao problema, mas não tem poder de polícia para interferir em propriedades particulares para que estas tenham as condições ambientais necessárias para propiciar o aumento do volume de água.
O vereador Paulo Alves (PT), presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara e idealizador da visita à barragem, abriu a reunião nas margens da barragem para falar do objetivo de discussão do Projeto de Lei 29/2017, que prevê gastos públicos na bacia do Santo Antônio. Paulo Alves apresentou aos presentes o senhor Joaquim Pires de Souza, de 80 anos, chacareiro da localidade e que relatou que faz cinco anos que vê o volume de água diminuir e chamou a atenção de todos para os cuidados para com o córrego e para que os moradores da cidade não façam desperdício desse líquido tão precioso.
O vice-prefeito Duílio Siqueira (PSDB), representou o prefeito Naçoitan Leite (PSDB) e disse de todo empenho do Poder Executivo em criar condições para gastos financeiros na bacia do Santo Antônio, a fim de que no ano que vem a situação não esteja pior do que atualmente.
O vereador e presidente da Câmara, Aurélio Fábio Teixeira (PTB), falou em nome do Legislativo, relembrando ações do Colégio Ariston Gomes na bacia do Santo Antônio, anos atrás, e nas quais tomou parte e disse que na época era uma ação isolada e percebe que agora há toda uma comunidade preocupada e empenhada em ações ambientais na bacia.
Falaram também representantes do IF, UEG, FAI e Polícia Florestal, todos em apoio a ações que devem ser feitas. Alexandre Teixeira Lopes, que na Prefeitura cuida da parte ambiental, disse que assim que aprovada a lei, importantes serão ações desencadeadas pelo poder público municipal.
Da visita a barragem resultou em muitos um sentimento de que a cidade vive uma grave crise hídrica. O vereador Keilo Borges opinou que é hora dos meios de comunicação dizerem ao povo da cidade sobre a necessidade de todos economizarem água. Oivlis Morbeck, da Pastoral do Meio Ambiente, disse da importância da união da comunidade iporaense em prol de ações imediatas e que sejam duradouras.
