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A biodiversidade esquecida do Parque Municipal da Cachoeirinha

Cachoeirnha tem queda dágua e ainda muita vegetação

O município de Iporá ainda tem dezenas de fragmentos do Cerrado, que possuem tamanhos e níveis de conservação variados. Um deles se destaca dos demais por sua relevância histórica: o Parque Municipal da Cachoeirinha (PMC). 

Localizado nas proximidades do setor São Vicente (popularmente conhecido como “Casa das mães”), o PMC é uma área protegida de 5,8 hectares criada por lei há mais de 20 anos, com o objetivo de proteger a biodiversidade, as paisagens e nascentes locais. Por estar próximo da área urbana de Iporá, abrigar ruínas da antiga usina hidrelétrica do município e cachoeiras do ribeirão Santo Antônio e do córrego Tamanduá, o PMC também seria destinado para a realização de pesquisas científicas, a educação ambiental, turismo e lazer para a população.

Infelizmente, esses objetivos não se concretizaram. O PMC não recebeu atenção do poder público iporaense e se tornou uma área com vários problemas ambientais e sociais.

A destruição dos ecossistemas, a poluição, a construção de moradias no interior do PMC e ausência de apoio e estímulo para a pesquisa científica acabou prejudicando o desenvolvimento de estudos nesta unidade de conservação. No entanto, apesar desses problemas, as pesquisas realizadas no PMC por biólogos da Universidade Estadual de Goiás, Campus Iporá, revelaram o quanto esse parque é rico em vida selvagem.

Os estudos realizados sobre a fauna foram os que apresentaram resultados mais surpreendentes, quando se considera a pouca extensão do parque: 14 espécies de morcegos, 13 espécies de mamíferos, 18 de aves, 10 de anfíbios, seis de répteis, cinco de peixes e 62 espécies de abelhas (desse total, 12 espécies de abelhas nunca haviam sido registradas em Goiás até a data de publicação do estudo, no ano de 2009). Em relação à flora, foram identificadas 44 espécies típicas do Cerrado como angico, ipês, chichá, ingás, tabocas e tamboril.

Considerando que a identificação de espécies no parque foi interrompida há quase 10 anos e que os moradores locais praticam o extrativismo de plantas, a caça e a pesca na área do PMC, é fundamental que pesquisa científica seja reintroduzida no parque.

Espera-se que a retomada das ações de proteção e manejo do PMC pelo poder público municipal em parceria com grupos da sociedade civil, desde o ano de 2018, possam estimular e viabilizar os estudos sobre a biodiversidade do Parque Municipal da Cachoeirinha, importante patrimônio dos iporaenses.

Para conhecer os estudos já publicados, é só acessar os links:

https://www.scielo.br/pdf/bn/v9n3/v9n3a34.pdf

http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciBiolSci/article/view/589/327
https://www.conhecer.org.br/enciclop/2012a/ambientais/levantamento%20floristico%20e%20fitossociologico.pdf

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