Aumentaram as reclamações de falta de água em residências de Iporá, com moradores tendo que se deslocar para buscar água em bairros aonde ainda possui.
As maiores reclamações são na Vila Brasília, bairro grande e em parte alta da cidade. As áreas em relevo mais alto são as que primeiro são atingidas.
Neste sábado tinha morador lamentando que estava há vinte e quatro horas sem água em suas caixas dágua. Em um quadro de crise hídrica a Saneago ainda não anunciou uma ação mais enérgica por rodízio de abastecimentos em bairros.
Fazem 26 dias que toda água da represa de captação é absorvida. A situação de Iporá já é bem pior do que 2017, quando também chegou a faltar água em torneiras de Iporá. A dura estiagem que veio depois de uma temporada de chuvas que não foi das melhores, está trazendo consequências para este período que antecede uma nova temporada de chuvas.
A Saneago não está permitindo registro de imagem da barragem do córrego Santo Antônio, nem mesmo visita pública ao local. Por drone, alguém ligado à essa reportagem conseguiu uma imagem que mostra pouco volume de água.
A situação é preocupante, tendo em vista que as chuvas ainda podem retardar dias ou mês. Se aumentar a falta de água, a Saneago terá que fazer o transporte desta vinda de outro manancial para a Estação de Tratamento. Na verdade, a situação já é de desrespeito às leis ambientais, pois a Saneago só poderia usufruir, conforme a outorga, de metade da vazão do córrego e já a aproveita em cem por cento. Sem água a verter como sobra, a fauna aquática abaixo da represa já fica sem condições de sobrevivência. Dentro desta crise hídrica, a Saneago pede à população o uso moderado de água tratada.
Imagem recente da represa de captação, onde há quase um mês não mais sobra água
