A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Iporá divulgou, nesta terça-feira, a Nota Técnica nº 02/2025 para esclarecer informações falsas que circularam nas redes sociais a respeito do córrego Santa Marta. Segundo os boatos, o local estaria com baixa vazão de água e até com poças secas devido à captação realizada pela Saneago — situação que é desmentida pelo órgão ambiental.
De acordo com o documento oficial, assinado pelo Corpo Técnico da Secretaria de Meio Ambiente, não há qualquer redução preocupante na vazão do córrego que abastece a cidade. A nota ressalta que as condições hídricas permanecem dentro da normalidade e que não existe risco de desabastecimento por conta da utilização atual do manancial, que passou a ser usado como alternativa secundária de fornecimento de água ao município.
“Nada disso é verdade”, reforça a Secretaria ao tratar das informações que circularam na internet. O órgão destaca ainda que não há motivo para preocupação por parte da população, pois o monitoramento ambiental é contínuo e as condições da captação seguem adequadas.
A Nota Técnica Nº 02/2025 deixa claro que os rumores não têm fundamento e que a administração municipal mantém o compromisso de prestar informações transparentes à sociedade, especialmente no que diz respeito aos recursos naturais e à segurança hídrica do município.
A Prefeitura de Iporá reforça a importância de buscar informações em fontes oficiais e evitar o compartilhamento de conteúdos que possam gerar desinformação e alarme injustificado.
NOTA TÉCNICA Nº 02/2025 – SEMMADES/IPORÁ
Assunto: Avaliação do escoamento e da qualidade da água do Ribeirão Santa Marta (Out. 2025)
Órgão emissor: Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMMADES)
Data da vistoria: 28 de outubro de 2025
Local: Ribeirão Santa Marta – Município de Iporá/GO
Esta Nota Técnica tem por objetivo apresentar os resultados da vistoria ambiental realizada pela SEMMADES no Ribeirão Santa Marta, no município de Iporá/GO, com foco na avaliação do escoamento e da qualidade da água após a conclusão das obras e atividades realizadas pela SANEAGO.
A vistoria foi motivada por demandas da comunidade e por monitoramento de rotina do órgão ambiental, considerando que o Ribeirão Santa Marta é uma importante fonte hídrica local e potencial alternativa de abastecimento público municipal.
A equipe técnica da SEMMADES realizou inspeção in loco em diversos pontos ao longo do curso do Ribeirão Santa Marta, abrangendo:
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Trechos a montante e a jusante das obras da SANEAGO;
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Ponto de captação de água bruta;
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Avaliação visual sobre escoamento hídrico, transparência da água, presença de resíduos, odor e ocorrência de fauna aquática.
No dia 28 de outubro de 2025, observou-se que o curso de água do Ribeirão Santa Marta está sem interrupções significativas no fluxo hídrico. Apesar de ser período de estiagem, o escoamento de água apresentou comportamento dentro da média histórica esperada para o mês.
Foram identificados pontos de represamento (devido baixa da quantidade de água para o período) e assoreamento expressivo devido desmatamento, uso inadequado do solo ou práticas agrícolas incorretas. Essas ações levam um grande volume de sedimentos para o Ribeirão.
A água apresentou coloração natural típica do curso (ligeiramente amarelada pela presença de matéria orgânica natural e sedimentos finos do Cerrado). Não foram observados sinais de contaminação por óleo, graxa ou outros hidrocarbonetos, confirmando a eficiência das obras de contenção e drenagem executadas pela SANEAGO.
Não houve registro de mortandade de peixes ou ausência de fauna aquática, o que indica condições ambientais adequadas e níveis de oxigênio compatíveis com a vida aquática. Também não foi percebido odor desagradável ou resíduos sólidos flutuantes no trecho avaliado.
Com base nas observações da vistoria, a SEMMADES conclui que: o Ribeirão Santa Marta apresenta vazão normal e satisfatória para o período seco do ano; as obras realizadas pela SANEAGO contribuíram para a melhoria das condições hídricas; não há indícios atuais de contaminação ou impacto negativo decorrente das intervenções.
Recomenda-se manutenção do monitoramento mensal do escoamento e qualidade da água, especialmente no período de transição para a estação chuvosa (novembro–dezembro); recomenda-se também campanha de educação ambiental junto à população ribeirinha e produtores rurais da bacia, visando a preservação das matas ciliares.
Iporá/GO, 28 de outubro de 2025.
Equipe – SEMMADES
