A presença de lixo inorgânico é fator de degradação na área do Morro do Macaco. Visitantes denunciam que alguns trechos dessa Área de Proteção Ambiental (APA) Morro do Macaco estão sendo violados, principalmente no topo do morro, local bastante visitado devido a suas belezas naturais, a vista que proporciona da região e características climáticas que favorecem a prática do voo livre.
Fotografias registradas neste final de semana passado revelam que existem materiais plásticos e garrafas de vidro jogados ao longo da estrada existente na APA e que no topo do morro um trecho de vegetação e rochas milenares foram compactados para se criar um trecho plano para estacionar veículos. Além disso, existem vestígios de que fogueiras são acesas, pedaços de grama sintética e lonas ainda poluem o ambiente.
Os materiais sintéticos demoram décadas para se decompor e causam vários problemas como a intoxicação da fauna que pode ingerir plásticos e isopor, diminuir a beleza das paisagens e causar queimadas durante os períodos mais quentes e secos do ano. E é preciso relembrar que a degradação do morro do macaco aumenta o risco de extinção da espécie de planta Archidium oblongifolium, encontrada apenas na APA Morro do Macaco.
Embora seja um espaço aberto à visitação e ao desenvolvimento de algumas atividades esportivas (ciclismo e voo livre), não significa que os ambientes da APA possam ser degradados por seus frequentadores, pois se trata de uma área protegida, e qualquer ação humana ali deve ser realizada com planejamento e autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Cuidar da APA Morro do Macaco é um dever de toda a população e do poder público, caso contrário, esse patrimônio será destruído.