Estrutura populacional de pequi e baru e análise de sustentabilidade no município de Iporá é objeto de estudo da Profa. Dra. Vania Diniz. Uma pesquisa veio sendo feita desde 2019 e avalia a estrutura populacional de plantas de baru e pequi presentes em áreas de pastagem e reserva legal.
A seguir, texto do site do IF Goiano Campus Iporá:
Mesmo faltando algumas etapas para a conclusão do projeto, coordenado pela Profª. Dra. Vania Sardinha dos Santos Diniz, no Campus Iporá, os resultados demonstram que o pequi (Caryocar brasiliense) em área de pastagem, apresenta plantas maiores do que em área de reserva e a maioria estão na fase adulta. O maior número de plantas jovens na área de reserva sugere que a germinação, ou mesmo as rebrotas, promovem a formação de novas plantas, estando a população se regenerando nesse ambiente. Por serem plantas mais jovens, a produção de frutos é menor do que na área de pastagem.
Como o extrativismo ocorre basicamente em plantas de áreas de pastagem, a longo prazo essa prática pode provocar a diminuição da população de pequi, já que a população não está se regenerando e formando novas plantas nessas áreas.
Outro resultado interessante são os dados de emergência em canteiros, que ocorreram 45 dias após o plantio das sementes e com porcentagem de emergência de 35%, além disso, apresentou crescimento satisfatório após um ano de acompanhamento das plantas, podendo ser uma forma mais efetiva de plantio do pequi, diminuindo gastos com sacos de mudas e substratos.
Para o baru (Dipteryx alata) não houve diferença na altura, diâmetro e número de frutos em áreas de pastagem e reserva, provavelmente ela se desenvolve bem nesses dois ambientes, e a longo prazo essa população pode ser conservada tanto em área de reserva quanto em consórcio com pastagem.
Qual o benefício do projeto para a comunidade externa?
Os resultados do projeto fornecem informações importantes a respeito das populações de plantas de baru e pequi na região do Oeste Goiano, e um alerta sobre a diminuição da população de pequi a longo prazo, já que essa espécie se encontra basicamente em área de pastagem, e esta não favorece a reprodução e desenvolvimento de novas plantas. Nesse sentido é importante implantar novas áreas de plantio, para que possamos preservar essa espécie na nossa região.
O projeto é financiado pela FAPEG (Fundo de Amparo a Pesquisa do Estado de Goiás,) aprovado no edital 03/2015/ PPP (Programa Primeiros Projetos) e conta com o recurso de R$ 28.540,00 para compra de material de custeio e equipamentos.
Para a execução, o projeto foi subdividido em dois subprojetos, possibilitando que estudantes de graduação pudessem ter acesso à bolsa de iniciação científica para a realização dos experimentos. Um dos subprojetos intitula-se “Ecologia populacional de Caryocar brasiliense Camb. em área de pastagem e de reserva legal no município de Iporá, Goiás” e é conduzido pela aluna Bárbara Miranda Borges, aluna do Curso de Agronomia do IF Goiano, Campus Iporá, que foi bolsista CNPq, de 2019 a 2020 e atualmente é bolsista PIBIC/IF Goiano.
O outro subprojeto tem como título “Ecologia populacional de Dipterix alata Vogel em área de pastagem e reserva legal no município de Iporá, Goiás”, que tem como aluna PIVIC/Voluntária Nandara Carolina Barbosa Bastos, também aluna do Curso de Agronomia do IF Goiano, Campus Iporá.